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Passado, presente e futuro…

Sexta-feira, o João ficou doente… vômitos, diarréia e febre alta, justo e como sempre quando o papai esta viajando.
Sábado, o papai chegou, o João melhorzinho da febre, mas sem querer comer nada, dia intensivo de colo e muitos mimos.
Domingo reuniãozinha em casa, pra comemorar antecipadamente o aniversário do João.

Hoje – começar os preparativos da viagem… adiantar o que der de trabalho pelos dois meses que estarei fora, comprar presentes e 1001 + coisas pra fazer…

Amanhã – Aniversário do João

Quinta-Feira – Brasil il il il…

AH…. E quero mandar um beijo enooooorme pra minha irmã linda, que está fazendo aniversário hoje!! Alê beijo grande. Te amo e daqui a pouco estou aí… muitas saudades… beijos

Babá Multimídia

Aqui no velho continente, babá e faxineira são artigos de luxo. Contratar uma pessoa para limpar a casa OU para cuidar do pequeno, e que venha por exemplo 2 x na semana, 4 horas ao dia, pode custar uma media de 350€ ao mês (+ ou – R$ 1.000), $$$$$
E o pior é que a faxina, nem é tão “faxina” assim…

Eu fiz a opção de “deixar de trabalhar” para ter mais tempo para o João durante o 1º ano da vida dele, eu queria curtir minha maternidade e estava feliz por ter o privilégio de poder fazer esta opção.

Mas… não imaginava a quantidade de trabalho que dá “deixar de trabalhar”.

Deixar de trabalhar para ter mais tempo pro filho, significa abrir mão de pequenos luxos (babá e faxineira, por exemplo), aperfeiçoar a habilidade de fazer mil coisas ao mesmo tempo, cuidar de filho, cuidar da casa, fazer compras, fazer comida, inventar brincadeiras novas, estar com o marido, escrever no blog, lavar roupa, ligar pras amigas, registrar os passos do pequeno, passear a cachorra… enfim trabalhar mais que nunca.

Quando não dá pra conciliar brincar com o João com todo o resto, o jeito é apelar para a babá multimídia.
(é bem mais barato… mas só entretém o garoto durante 15 minutos…)

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Lost in translation

Aqui em casa nos comunicamos em 4 idiomas.
O português, o catalão, o español e o idioma do astronauta.

Como regra a mamãe fala com o João em português, o super papa em català, entre a mamãe e o papai em español e o João se comunica com o mundo no seu próprio idioma…
Mas nem sempre é fácil seguir a regra e alguma vez os diálogos acabam sendo em portucatanhol.

Desde que comecei a escrever para o blog fui percebendo o quanto o meu português foi afetado pelos quase 7 anos fora da pátria amada… Mesmo tendo amigos brasileiros pra exercitar o português, a imersão em outra língua acaba, mesmo sem querer, fazendo com que a língua materna tenha um outro sotaque.

É comum, querer traduzir uma palavra ou expressão, e por mais que “rebusque” a tradução, não tem o mesmo sentido… então uma mistura louca acaba acontecendo e inventando uma palavra aqui, imigrando outra dali e meu português acaba tendo um toque cosmopolita.

O chato é quando, de férias no Brasil, escapa alguma palavrinha imigrada de outro idioma, ou depois daquela pequena pausa pra encontrar a palavra correta, sempre rola comentários do tipo: “Ai.. já nem sabe falar português” ou “Ih.. ficou metida, hein?”…
Sei que aqui no blog já cometi algum atentado a língua portuguesa, e por mais que me concentre acho que os errinhos continuarão aparecendo por aqui, assim que as correções educadas são sempre “bienvenidas”.

Mas todo este bla, bla, bla. É porque o astronauta acordou hoje super tagarela, é impressionante como ele já consegue se comunicar com apenas um pequeno conjunto de “sons”. Esses dias ele começou a exercitar o R español e passa o dia rrrrrrrrrrr…
Morro de vontade de escutar o filhote gringo falando e misturando todos os idiomas… Deve ser divertido, né?
E pra puxar brasa pra nossa sardinha, precisamos de um intensivo de português URGENTEEEE,
(aproveitamos fugimos do frio e curtimos dois meses de verão… ai…).

Petons a tots.

Hora do banho

Desde que o João era pequeninho a hora do banho sempre fez parte da rotina pré sono. A teoria é que um banho quentinho, ajuda a relaxar e entrar num climinha gostoso, pra uma longa noite de soooono…
A pratica é que, é o papai quem dá o banho e o que tinha que ser uma atividade zen, vira uma farra…

João – 11 meses

Do fundo do baú

A musica é parte da minha vida, tenho canções preferidas pra namorar, pra fazer faxina, pra chorar, pra dançar, pra curtir dor de cotovelo, pra TPM, pra andar de bicicleta, pra descrever melhor que eu mesma como me sinto em cada momento…
Musica ambienta a casa e a cabeça… é a expressão do amor.

Desde que o João nasceu a musica sempre esteve presente na nossa vida, desde os primeiros tímidos nana nenê que a cuca vem pegar, agarradinha com o João tentando fazer ele dormir… até a ultima versão repentista cantada pelos papais, que vale tudo, melodias sem tom e letras sem pé nem cabeça…

E no repertório do Astronauta, escutamos muito o CD lindo de L´avi (vovô catalão), e sem perceber nos pegávamos cantando pela rua… eu vou, eu vou pra casa agora eu vou..lalalalalalala eu vou, eu vou ….

Também a seleção musical da hora da massagem, que não era necessariamente canções infantis, mas melodias tranqüilas que de alguma maneira ajudava na conexão mamãe e bebe…

O papai com o pandeiro, ou qualquer outro objeto que pudesse fazer uma pequena batucada, sempre lançava o hit.. Joããããooooo lalalalala lala…

E ultimamente, como o João aprendeu a bater palmas, cada vez que o fazia, lá vinha a mamãe cantando … parabéns pra você, nesta data querida… (patético, eu sei… mas não dá pra evitar…).

E agora aqui em casa funciona assim… pra comer, pra trocar a fralda, pra dar banho, pra acalmar, brincar e tudo mais… resgato musicas do fundo do baú, engato a primeira e afinadíssima boto a boca no trombone…
O João curte e eu desfruto deste meu lado criança que ainda não cresceu…

Com vocês, o hit do momento:

Ps.: Afinadíssima…. Hahahahaha
Ps2.: Essa menina do cabelo encaracolado do clip è a Bebel Gilberto, hahahahaha

Ainda mama?


Nunca cogitei não amamentar, assim como não fiz planos de quanto tempo ou de que maneira amamentaria. Pensava que era uma coisa tão natural que não precisava planificar, quando ele nascesse eu o colocaria no peito e depois a gente via…

O João mamou pela primeira vez minutos depois de ter nascido, superamos as dificuldades iniciais e ele continuou mamando de forma exclusiva e a livre demanda, até os 6 meses, quando começamos de forma gradual a alimentação complementaria.

Com 8 meses o pequeno comilão já fazia 4 refeições, comia bem, desfrutava das novidades, mamava cada vez menos… Porém, o momento 5 estrelas do dia continuava sendo a “hora da teta”. Essa hora não era só alimento, era consolo, era a canção de ninar, era carinho, era “a mamãe está aqui, e está tudo bem”.

Até que o mundo ao meu redor, começou a achar que o João já estava grandinho para continuar mamando, e começaram as sugestões de porque, como e quando desmamar.

De repente a amamentação passou a ser a “vilã” da história… Não dorme toda a noite, porque ainda mama! Chora quando a mamãe não esta porque ainda mama!  É preciso desmama-lo para que você tenha mais independência. Se não desmamar logo vai ser mais difícil depois… e blá-blá-blá.

É contraditório, porque atualmente não há dúvidas de que a amamentação é a melhor forma de alimentar e interagir com o bebê. Todo mundo sabe, é amplamente divulgado, a Organização Mundial da Saúde recomenda: amamentar nos primeiros seis meses de forma exclusiva, e complementada até os dois anos ou mais. E na teoria todo mundo concorda, mas a realidade é outra.

A realidade é que um recém-nascido com uma mamadeira choca menos que uma criança de 2 anos mamando no peito.

A realidade é que na época de nossas mães amamentar estava “fora de moda” e por isso perdemos o apoio da geração que tinha que ensinar-nos a amamentar. E isso faz diferença.

A realidade é que a falta de informação e apoio, levam a muitas mães a abandonarem a lactação… E até entendo… Não é fácil!

O João agora tem quase 11 meses… AINDA MAMA… Já me senti envergonhada e quase “culpada” por continuar amamentando. Já quis desmamar… Mas desisti. Ele é feliz mamando e eu também. Percebi que o melhor é continuar fazendo o que o coração pede.

A verdade é que certos comentários cansam, acordar muitas vezes a noite pra dar de mamar também, o inicio é complicado, a sociedade pressiona… Mas ver a carinha feliz do teu bebê e a mãozinha que te acaricia no momento 5 estrelas do dia… não tem preço.

Mãma

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Fashion Week

Segunda-feira, sem aviso prévio o João acordou uns centímetros maior, e entre que mudaram as estações e que as roupinhas “de frio” eram do inverno passado (quando ele tinha 6 meses), a mamãe não sabia como vesti-lo e ao final o pequeno gigante foi pra escolinha de manga ¾ e calça pescador… (lindo e super na moda).

E como uma oportunidade como esta não aparece todo dia, rapidamente munida com a “Visa” lá vai a mamãe de compras, sem duvida a melhor maneira de começar a semana.

Por sorte, aqui na Europa a numeração das roupinhas de bebe, é bem definida, os tamanhos vão de: 0 a 1 mes – 3 a 6 meses – 6 a 9 meses e de 9 a 12 meses. O que pode acontecer é que varia um pouco de uma marca a outra, mas alem dos tamanhos por meses ainda temos a informação dos centímetros, pra não deixar duvida.
Fantástico!!
E realmente necessário, porque cada vez que a mamãe escolhia uma roupinha e achava que era o tamanho ideal… a maioria das vezes era um tamanho (e algumas dois) a menos…

É nessa hora que caí a ficha… O bebezinho da mamãe já é um bebezão.

O João de roupa nova

A Rebelião do João

Depois de uma semana sem ir a escolinha por causa de um viruszinho chato que derrubou o campeão e uma semana de readaptação a “vida escolar”, (JUSTO nos dias que o papai esta viajando) o pequeno astronauta, em plena pré-adolescência, decidiu:

– Que faz parte da rotina escolar chorar na entrada e na saída.

– Que definitivamente não gosta da escolinha, então das 3 horas que tem que ficar longe da mamãe ele dorme 2, assim passa mais rápido.

– Que ama o colo da mamãe, mais que tudo nesse mundo.

– Que não suporta babador e se recusa a comer com esse troço de pano no pescoço.

– Que enjoou de comer comida salgada, e que se a mamãe insistir ele faz brrrrrrrrrr com a boca cheia, fazendo voar comida pra todos os lados, para a alegria da “Preta” e o desespero da mamãe.

– Que detesta trocar a fralda e quem insistir recebe gritos e choros de protesto.

– Que já não faz a soneca da tarde… a partir das 7 já esta tão cansado que nada o consola, então dorme cedinho e de noite acorda chorando a cada 3 horas, pra comprovar se tem alguém por perto… E as 6:30 da manha PIM, já esta acordado e cheio de energia para mais um looooongo dia para o pequeno rebelde e a mamãe a beira de um ataque de nervos.

As vezes dá pra levar com bom humor, as vezes não, mas mantenho a calma… Nas vezes que o João consegue tirar a mamãe do sério, me seguro pra não gritar também, junto com ele, só que mais alto… quando chega a este ponto algumas vezes consigo respirar fundo e contar até cem… outras não então é difícil conter as lagrimas…

Vida de Mãe

Vida de mãe é assim, dedicar todo tempo possível ao filho, reclamar muito que não tem tempo pra nada e quando sobra um pouco de tempo, sentar na frente do computador e fazer um blog pra falar da coisa mais importante dos últimos tempos.
O João.


João com 10 meses e 7 dentes e meio.

Viva o agora!!

Hoje é o dia do meu primeiro post no presente.
Barcelona, 14 de outubro de 2008.

Aproveito pra mandar um recado pro SP (Super Papa) que esta viajando.

Faz 3 anos…

Família

Quero aproveitar que tenho umas fotos lindas pra ilustrar, para falar um pouco da minha família do lado de cá.
Depois do João o vinculo com a família catalana aumentou, os pais do Super Papa, são um pouco meus pais também… e contrariando algum clichê (nem todos são reais) adoro minha sogra (e meu sogro tbm), e na falta de uma mãe aqui por perto, ela esta aqui, sempre presente.
O irmão do maridão é casado com uma italiana e tem dois filhos (esses lindos que aparecem aí embaixo.)
Minha cunhada engravidou junto comigo, fomos a curso de parto juntas e foi super bom ter com quem compartir a experiência da gravidez, do parto, os primeiros meses dos pimpolhos, geralmente ligo pra ela pra contar sobre o sono (leia-se: a falta de..) ou as crises do astronauta. E sei que ela me entende…
E aumentando ainda mais o vinculo, tivemos o privilegio de ser escolhidos para ser os padrinhos do Nahum. E que aceitamos, claro, com muito prazer.

Essas são algumas fotos da família no batizado do nosso afilhado.



Fotos: Alfonso Santolero
www.santolero.it

Escolinha

Depois de 9 meses de fusão mamãe-bebe decidimos que seria importante pros dois umas horinhas ao dia de independência.

Escolhemos uma escolinha a 5 minutos de casa, horário de 9:30 as 12:30, três horas pela manhã para que eu tivesse um pouco de tempo pra mim
e para que o João pudesse explorar outros mundos.

No primeiro dia de “classe” o pequeno explorador ficou com a educadora direitinho. Ele não chorou, eu também não… e tudo parecia fluir bem…

Nesse primeiro dia, não tive vontade de fazer nada, sentia uma tristeza boba enquanto passavam pela cabeça memórias do João… e me vendo nessas memórias, do lado dele em cada momento, me dei conta do privilegiada que sou de poder ter estado tão presente nesses primeiros 9 meses. E de poder continuar presente, só que agora, com um pequeno intervalo de tempo para que aprendamos a definir o espaço individual de cada um.

Quando chegamos para buscá-lo ele chorou um pouquinho, mas a educadora falou que ele se comportou muito bem, se divertiu muito, e é simpático e esperto.

É o começo de um novo ciclo.

9 Meses

BEBE SAGITÁRIO:
Vivacidade, otimismo, curiosidade são os traços mais marcantes dos bebes deste signo. São muito ativos, divertidos, precisam de muito espaço livre para se movimentar e gastar energia. Gostam de explorar todos os ambientes, interessam-se por tudo e por todos, mas não se apegam a uma atividade ou a um objeto.

FASE 8 II

O João falou mãma.
Falou e repetiu varias vezes, mãma, mãma, mãma…
uns dias depois também falou papa, mãpa, pamã e uuuuuhh (o preferido do João).
Há quem diga que só foi uma sequência de combinações fonéticas…
Mas que foi emocionante, isso foi!

FASE 8

Tem uma teoria que diz que “Filho é igual a videogame: a próxima fase é sempre mais difícil”.
Tenho que concordar e aproveito para acrescentar que o grau de dificuldade aumenta se você passa de uma fase a outra “trapaceando”, como foi o meu caso… Na “fase 7” contei com ajuda constante de “expertos” (vovó, bisavó, e até uma babá emprestada) e um cenário maravilhoooooso. O que tornou essa fase uma delícia!
Por isso superar a fase 8 nos custou suor e lagrimas, muitas lagrimas…
Dificuldades da fase 8:
– Instalar-nos na “casa nova” ainda quase sem móveis mas com muitos trastos espalhados, inofensivos para um bebe de 6 meses, porém altamente perigosos para um bebe de 8 que insiste em inspecionar cada cm² do nosso “novo lar”.
– Ter paciência para os novos dentinhos que estão aparecendo e para a necessidade absoluta de estar em cima da mamãe o tempo inteiro.
– Repetir: “Na boca não” 3.564.987 vezes durante o dia.
– O papai fazer o João dormir sem a teta da mamãe.
– Controlar que a cachorra não coma a comida do baby e que o baby não coma a comida da cachorra.
– Superar a prova da primeira febre.
– Transformar “casa campo minado” em “lar doce lar”, tendo em conta peso e medida do pequeno explorador.
– Estabelecer rotina alimentaria para o pequeno. 4 refeições.
Att.: Nessa fase, já não vale: “ta com fome? Levanta a blusa e tó.”
– Resistir a tentação de dobra-lo bem pequenininho e coloca-lo dentro da barriga de novo.

Foi difícil… mas sobrevivimos.

Julho – Ferias – Menorca

Um mes em imagens…
Menorca:

João: 7 meses

“Les Festes”

Fotos: Super Papa

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