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O protagonista

No colégio do João tem uma atividade muito bacana, que ajuda na integração das crianças, educadores e pais, que é a semana do protagonista.

Consiste, resumidamente, em que durante uma semana inteira uma criança da classe é o centro das atenções do grupo. Mas… ser o protagonista da semana não é só destaque e folia, também implica em “obrigações” e  responsabilidades, o protagonista é o responsável por exemplo, de “controlar” o tempo e atualizar no mural as mudanças do clima… entre otras cositas más… O ponto alto dessa atividade é o dia da semana que os pais do aluno participam da aula, propõem uma atividade com as crianças e estão presentes vendo um pouco do dia a dia dos pequenos no colégio.

É quase como o sonho de todas mães (suponho!) aquele de ser uma mosquinha e ver como ele é quando não estamos perto, a diferença é que nesse caso, não passamos tão desapercebidos e é praticamente impossível para o protagonista ficar natural e espontâneo, (também pudera… está acontecendo um evento importantíssimo na vidinha dele que é ver seus pais naquele espaço que até agora tinha sido só dele), então aproveitei para observar e conhecer um pouco mais os coleguinhas da classe, e me dar conta de como é rica a convivência entre eles, tão iguais e tão diferentes.

A semana escolhida pro João, foi a semana do Carnaval e durante o fim de semana anterior, o super papa escreveu num papel a história do João,  escolhemos umas fotos para preparar um mural e ilustrar a história que foi contada pela professora e pelo João no primeiro dia da semana. Durante toda a semana, falaram do pequeno na classe, discutiram seus gostos, hobbies, a origem da familia e até as coisas que ele não gosta tanto.

E já no finzinho da semana, foi o nosso dia de nos juntar a “festa”, aproveitamos o gancho do carnaval e levamos umas mascaras para pintar e colar papéis coloridos. Passei 2 dias cortando em casa as tais mascaras em forma de “papallona” – borboleta – que é o símbolo da classe do pequeno, um trabalhão! mas valeu a pena, pela oportunidade de estar alí e por ver a carinha de felicidade do João por ser o protagonista e por ver seus pais sentados com os amiguinhos dele, contando histórias.

Acredito que além de toda a brincadeira, essa atividade pode ser também um aprendizado importante,  para os pequenos, que são tão naturalmente egocêntricos nessa idade.  Porque cada um é o personagem principal durante uma semana, na medida do possível tudo se centra nele (do jeitinho que eles gostam!)… Mas nas outras semanas do ano outra criança tem o protagonismo, e aí quando eles aprendem… a escutar, a ceder a vez, a ser o 2º a falar (ou o ultimo).

E  no caso do João que é o protagonista absoluto em casa, todas essas outras semanas de não protagonismo na escola é um bom exercício de escutar, dividir e compartilhar.

Tempo, tempo, tempo

Depois de mais de dois meses de tempo de férias e de tempo sem tempo pra férias e de tempo intensivo de brincadeiras, conversas, espadas, bolas, bagunça, broncas, parque, televisão, passeios, sorvetes, primos, praia, festa, alegria, sustos, birras, bicicleta, skate, musica e etc, etc, etc… e etc.

Confesso: Estou feliz de que finalmente tenha acabado essas intermináveis férias.

Aprendi que não é fácil acompanhar o tempo todo um serzinho de 2.9 anos de pura energia! (e que não tem problema nenhum reconhecer isso.)

Estou feliz de ter tempo (e silêncio) necessário pra me dedicar às minhas coisas.

Ainda estamos em período de adaptação, nós e ele…

Mas com uma deliciosa sensação de que tudo está acontecendo no tempo certo.

::Em tempo: 
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menino grande

terça feira que vem, acabam as férias, e o meu petit começa uma nova aventura…
o colégio dos maiores, ou o “cole dels grans” como ele mesmo fala.

parece que foi ontem, que passamos pela porta do colégio com um bebezinho no colo e comentávamos que quando ele fosse “grande” queríamos que estudasse alí, como se isso fosse demorar tanto tempo pra acontecer.

 Clique na imagem para ampliar.
Tirinha: http://depositodocalvin.blogspot.com/

Então tá… Vou alí passear com o pequeno, ir a praia, a biblioteca, ao parque, até pular a cerca se ele quiser…  pra compensar a culpa em potencial das horas de televisão desses ultimos dias   e aproveitar esse restinho de férias.

Bom fim de semana!

Miscelânea

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Hoje é quinta, dia da semana que o João tem natação, já faz 3 semanas que ele começou, (no inicio do mês, coincidindo que em março já faz menos frio, hahahaha) e eu ainda não tinha falado sobre isso, mas tenho que deixar registrado aqui no Astronauta. Porque ele simplesmente ama a piscina, que na primeira semana era “pina”, na segunda “pipina” e agora já virou piscina mesmo, dito assim direitinho. Ele vai com a escolinha e quando eu vou busca-lo, ele desce do ônibus, super animado, e no caminho para casa, vem contando as aventuras da natação, faz demonstrações de como ele nada, movendo os braços, entre outras explicações não entendíveis… é lindo!
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O Sol que anda aparecendo por aqui, e o Barça que ganhou ontem de 4×0, se classificando para quartos de final na Champions league… é a dupla perfeita para amenizar meu inferno astral e alegrar nossos dias… “Si, si, si Anem cap a Madrid!”
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Sobre o post, “palavrinhas magicas”, a Rô do Projetinho e a Paloma da Ciça, defenderam o “como faaaala?” e derivados, com argumentos que eu achei super válidos. Pode ser que eles se esqueçam de agradecer, ou ficam com vergonha, e recordar, nesses casos, é importante. Como comentou a mãe do Pitoco, “.. às vezes, com sutileza, sem impor nada. É bom mostrarmos que educação é hábito e repetição, mas sem matar a espontaneidade do gesto, é claro! … “.
Então deixo registrado que concordo com elas… (eu) também acredito que o “como fala” dito sem insistência, sem impor e sem castigos não é obrigar.. Afinal, parece até que tal frase faz parte do DNA das mães e algumas vezes falamos sem nem dar conta. E como a maioria, concorda que espontâneo é mais gostoso, continuo tentando não abusar dos recordatórios, porque acho que é uma boa maneira de dar espaço pro pequeno se expressar.
Obrigada, meninas pelos comentários que acrescentam, por concordar ou discordar, mas sempre com respeito e com argumentos que me fazem pensar.
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E um conto rápido:
Um homem e seu filho caminhavam pela estrada, levando seu burro. Algumas pessoas que vinham em sentido contrário comentaram:
– Que absurdo. Os dois andando a pé nesse calor e o burro belo e folgado ….
O homem achou que os passantes tinham razão e prontamente colocou seu filho no lombo do burro. Mais adiante outros passantes, vendo a cena, comentaram:
– Que triste. Um jovem com saúde no lombo do burro e o senhor, mais velho, tendo que caminhar debaixo desse sol … já não há respeito !
O homem ponderou que o comentário fazia sentido e trocou de lugar com seu filho, passando para o lombo do burro.
Algumas centenas de metros mais adiante, outro grupo escandalizado comentou:
– Isso que é falta de consideração… um adulto belo e folgado sobre o lombo do burro enquanto a criança é obrigada a caminhar sob o sol escaldante. Que tortura para a pobre criança.
O homem, envergonhado, fez subir também a criança no lombo do burro.
Poucos minutos depois um novo grupo de andarilhos, com um olhar de reprovação disse:
– Agora é assim que se tratam os animais. O pobre burro, fatigado pelo calor, obrigado a carregar duas pessoas no seu lombo. Uma crueldade sem limite com o animal.
Moral da história: não importa o que você faça, sempre haverá alguém para criticar.
Portanto, faça o que achar certo, ou logo logo vai estar carregando o burro nas costas.

Tudo Chega Tudo Passa

A comadre Bel um dia me falou: “Tudo chega e Tudo passa” e nunca melhor empregado quando se refere aos filhos.

Lembra aquela tosse do astronauta?
Passou…
O xarope caseiro funciona, viu? E recomendo!
E quando o filhote já estava recuperado da tosse e quase dormindo bem e comendo melhor:
Chegou a catapora…

Muitos e muitos beijos depois (recomendados pelas amigas que passam aqui no blog) a catapora também passou, tive a sorte que veio bem fraquinha, um dia chegaram as bolinhas e com os beijos, homeopatia e uma loçaozinha francesa (chique!): Passou... no outro dia já estavam cicatrizando e ele nem quis coçar. (a mamãe aqui também se segurou pra não tirar uma casquinha).
Mas mesmo com a catapora light, ele ficou uns dias, sem dormir direito, sem querer comer e sem ir pra escolinha… e quando chegou o dia de volta-as-aulas: Escândalo, choro, drama… que dura o tempo que os papais estão alí e depois “já está” : – Passou…

E das coisas que chegam e que passam:
Essa semana ele aprendeu a espernear, (oh céus!) mas também aprendeu a imitar o Pocoyo dançando (uma graça!), está encantado com os livros e descobriu que adora formula 1, ficou 15 minutos vidrado na televisão imitando os pilotos e fazendo brummmmm. Voltou a dormir melhor, (só acorda UMA vez, durante tooooda noite), mas também voltou a rejeitar a comida, e enquanto não volta a paciência da mamãe, já não faço malabarismos pra que ele coma.

Vai passar…

A Rebelião do João

Depois de uma semana sem ir a escolinha por causa de um viruszinho chato que derrubou o campeão e uma semana de readaptação a “vida escolar”, (JUSTO nos dias que o papai esta viajando) o pequeno astronauta, em plena pré-adolescência, decidiu:

– Que faz parte da rotina escolar chorar na entrada e na saída.

– Que definitivamente não gosta da escolinha, então das 3 horas que tem que ficar longe da mamãe ele dorme 2, assim passa mais rápido.

– Que ama o colo da mamãe, mais que tudo nesse mundo.

– Que não suporta babador e se recusa a comer com esse troço de pano no pescoço.

– Que enjoou de comer comida salgada, e que se a mamãe insistir ele faz brrrrrrrrrr com a boca cheia, fazendo voar comida pra todos os lados, para a alegria da “Preta” e o desespero da mamãe.

– Que detesta trocar a fralda e quem insistir recebe gritos e choros de protesto.

– Que já não faz a soneca da tarde… a partir das 7 já esta tão cansado que nada o consola, então dorme cedinho e de noite acorda chorando a cada 3 horas, pra comprovar se tem alguém por perto… E as 6:30 da manha PIM, já esta acordado e cheio de energia para mais um looooongo dia para o pequeno rebelde e a mamãe a beira de um ataque de nervos.

As vezes dá pra levar com bom humor, as vezes não, mas mantenho a calma… Nas vezes que o João consegue tirar a mamãe do sério, me seguro pra não gritar também, junto com ele, só que mais alto… quando chega a este ponto algumas vezes consigo respirar fundo e contar até cem… outras não então é difícil conter as lagrimas…

Escolinha

Depois de 9 meses de fusão mamãe-bebe decidimos que seria importante pros dois umas horinhas ao dia de independência.

Escolhemos uma escolinha a 5 minutos de casa, horário de 9:30 as 12:30, três horas pela manhã para que eu tivesse um pouco de tempo pra mim
e para que o João pudesse explorar outros mundos.

No primeiro dia de “classe” o pequeno explorador ficou com a educadora direitinho. Ele não chorou, eu também não… e tudo parecia fluir bem…

Nesse primeiro dia, não tive vontade de fazer nada, sentia uma tristeza boba enquanto passavam pela cabeça memórias do João… e me vendo nessas memórias, do lado dele em cada momento, me dei conta do privilegiada que sou de poder ter estado tão presente nesses primeiros 9 meses. E de poder continuar presente, só que agora, com um pequeno intervalo de tempo para que aprendamos a definir o espaço individual de cada um.

Quando chegamos para buscá-lo ele chorou um pouquinho, mas a educadora falou que ele se comportou muito bem, se divertiu muito, e é simpático e esperto.

É o começo de um novo ciclo.