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Momento Photo Booth

Fotos de abril/2010

novas descobertas…

A quase 4 anos atrás o super papa, achou que queria mudar, morar no campo, diminuir ritmo, desfrutar da natureza, colher azeitona e plantar uma horta.

Me convenceu (de uma parte) desse projeto, idealizou rotinas e o logo do azeite que ele iria fazer com as próprias mãos… depois de pouco tempo, compramos um terreno, no meio do mato, com uma casinha minúscula em cima da montanha.

Descobri que estava gravida, quando o processo da compra já estava bem avançado, e me lembro do dia que assinamos a escritura e a primeira vez que fomos pro terreno, já sendo nosso.

Lembro da alegria do super papa de ter aquele pedacinho de floresta e de imaginar o filhotinho, correndo, caindo e levantando naquele chão de terra.
O projeto de morar no campo foi ficando distante, (ufa!) mas nem por isso o maridão deixou de investir energia naquele lugar.

O João nasceu, esperamos ele crescer um pouco pra leva-lo a la casa de montanyes, depois esperamos o inverno passar, depois esperamos que o lugar tivesse um pouco mais de infraestrutura para um bebê, depois aconteceram imprevistos e mais imprevistos e mais imprevistos, que nos desanimaram e perdemos um pouco a vontade de estar ali

Até que nesse ano, com a chegada do sol, planejamos subir com uns amigos até a casinha.

E foi assim, que nesse fim de semana o João conheceu finalmente nossa casa de “fusta” – la casa de les montanyes.

É incrível o poder dos “petits” de se adaptarem às mais diversas situações e de captar a energia dos lugares.

Ele não estranhou que ali não tivesse luz, que o xixi tinha que ser feito no mato, que a agua era recolhida de um poço e que dormiríamos no colchão no chão. Muito pelo contrário, ele aceitou as novidades, como se fosse assim que tivesse que ser.

Ficou super bem, escalou “montanhas”, brincou com a água, com a terra, conversou com as formigas, conviveu amigavelmente com besouro e insetos não definidos (e a mamãe se conteve várias vezes pra não gritar e passar o medo tonto de inseto pro pequeno), tomou um baita susto quando uma rã pulou por ali, enquanto ele cavava na areia, mas depois (segurando a mão do pai) foi atrás dela para investiga-la, passeou, brincou com a Preta como nunca, ficou distraído sozinho como nunca, observou as borboletas, encontrou flores azuis, amarelas e brancas, desfrutou do balanço improvisado, compartilhou com o pai o prazer do contato com a natureza, foi apresentado às plantas do lugar, quase conseguiu diferenciar alecrim de tomilho, “subiu” em arvores e no fim do dia, dormiu na rede olhando a lua…

E mesmo sendo o projeto do super papa, e que muitas vezes eu não tenha abraçado a causa tanto quanto ele gostaria, adoro o jeito que ele tem de incentivar o nosso astronautinha a desfrutar da natureza e o agradeço por isso.

Nesse fim de semana, descobrimos que não precisamos de grandes eventos para ser feliz.

E espero, filho, que você possa sempre admirar as coisas lindas que estão ao nosso redor e possa enxergar sempre a felicidade das coisas pequenas e simples.

Frescobol

Acho… que até o final do verão, tenho um novo parceiro de frescobol.

Só falta ele aprender a não cair de emoção cada vez que acerta a bola.

Monotemática

Coisa doida, é mesmo esse lance de blog de mãe a gente fica meio monotemática mesmo, como falou a Rô nesse post aqui.
Mas se paramos pra pensar, somos sempre um pouco monotemáticos nas várias fases da nossa vida.
Tipo assim, quando tem copa do mundo, alguém consegue falar de outra coisa que não seja futebol? E quando você está apaixonado? Dá pra falar de qualquer outra coisa, a não ser quão lindo e maravilhoso é a nossa cara metade? Quem gosta de politica em época de eleição, fala de outra coisa? E quando rola um projeto novo e emocionante, não dá vontade de compartilha-lo com todo mundo?
Somos assim mesmo, movidos a paixão. E a paixão sempre te deixa um pouco bobo e monotemático, e barulho vira musica, e cada pequena conquista é um grande evento e tem que ser divulgado e compartilhado.
E cá pra nós, existe paixão maior e mais duradoura que paixão por filho??

***

Acabada essa pequena introdução, (e devidamente justificada) podemos voltar a temática do mês.

O desfralde do João, Parte III
Prometo que não vou escrever infinitas linhas pra contar que o filhote já está praticamente desfraldado, que esta semana não escapou nenhum xixi, nem cocô na escola. Que em casa, tivemos pequenos acidentes “xixizicos“, que por sinal a maioria foram por esquecimento por parte da mãe (ou responsável) mas que os cocôs todos, foram devidamente avisados e despachados no lugar certo, um verdadeiro homenzinho se transformou o meu pequeno bebê.

O que eu queria mesmo, pra descontrair esse papo monotemático de xixis e cocôs, é relatar algumas pérolas do desfralde.

1) Um dia qualquer depois de comer feijão.
João: Cocô, cocô, cocô
corremos pro banheiro, e devidamente acomodado, faz cara de apertar, ri e fala: Era só um pum!
(e a história se repete várias vezes durante o dia)

2) Depois de explicar que o cocô saía pelo bumbum e xixi pelo pinto, ele solta essa pérola.
A mamãe não tem pinto, a mamãe só tem bumbum.

3) Brincando de playcenter em casa.
(Brincar de playcenter = Mamãe deitada no colchão no chão, com as pernas flexionadas, e o filhote sobe e se se equilibra, fazemos movimentos vários, baixar, subir, ele fica de pé, solta mão e depois pula).
No meio da brincadeira, e depois de muitas risadas, ele lá em cima da mamãe preparado para pular, para durante alguns instantes, e coloca uma cara estranha, um segundo depois o xixi começa a escapar.
O jeito foi esperar ele terminar e depois correr pro banheiro pra uma troca de roupa coletiva.

Bom fim de semana! e beijos

Recadinho pro visitante 60.001:
Me manda um e-mail, tô curiosa pra saber quem é você! Obrigada!

Vitamina C

Enquanto o tempo não se decide, se faz sol, chuva ou frio…

O jeito é reforçar as defesas do corpo e muita vitamina C.

Vai um suquinho aí?

Fase 1 – O (pré) desfralde

(Atualizando o post “Primavera, e agora?” , sobre o início do desfralde).

No primeiro dia tivemos uma boa aceitação do pequeno em relação a grande novidade, mas no dia seguinte ele ficou um pouco borocoxô e com diarreia e por esse contratempo, que demorou quase uma semana para alcançar uma consistência aceitável (ops!), adiamos um pouco o processo.

Enquanto isso, aproveitei para ler artigos e dicas de amigas blogueiras que já passaram por esta fase, conversei com a educadora da escolinha do João e fui tirando minhas próprias conclusões sobre o tema.
Apesar da educadora sugerir que o melhor era ser “radical”, decidir tirar a fralda e já não voltar a coloca-la (a não ser para dormir) resolvi ser um pouco mais flexível e incluir no processo do desfralde um período de prova, o pré desfralde, e assim sem pressão ir-nos adaptando à novidade.

Nesse pré desfralde, o João ficava em casa sem a fralda, mas a fralda era colocada para dormir e para sair, inclusive para ir para a escolinha (que ele frequenta só pelas manhãs).

Analisando essas primeiras semanas, arrisco dizer que o pré-processo (no nosso caso!) foi bacana pra ele e importante pra mim.
Muito se fala, sobre a preparação dos pequenos para o desfralde, mas esquecemos que é importante que os pais também estejam preparados e predispostos a encarar essa sujeira etapa.

No meu caso, precisei dessa primeira fase para superar a preguiça dos trapos sujos e adaptar-me a nova rotina, fui aprendendo a não esquecer de estar sempre lembrando “sutilmente” que podia ser hora de fazer xixi, primeiro em curtos espaços de tempo, ir espaçando pouco a pouco e logo superar minha ansiedade e esperar que ele mesmo tomasse a iniciativa.
Fui aprendendo a respeitar o “não quero!” contundente e nessa hora não insistir pra que ele sentasse no peniquinho, só pra ver se saía alguma coisa…
Encomendei doses extras de paciência, comprei cuequinhas novas com estampas atrativas, aprendi a controlar a logística de calças e cuecas limpas, (que sem babá nem empregada, pode ser um trampo!), suspirei aliviada ao perceber que o xixi não mancha o chão de madeira (mesmo a tratada só com óleo) e fiquei muito mais atenta pra tentar entender o ritmo intestinal do filhote e poder ajuda-lo identificar a hora de fazer cocô.

Nessa primeira fase, ele tirou o xixi de letra, com pouquíssimas escapadas, depois de alguns dias, já ia sozinho ao banheiro e fazia xixi de pé (com uma super boa pontaria no penico). Genial!
Com o cocô o processo foi mais lento, os dois primeiros na cueca foram suficientes para que ele encontrasse uma alternativa pra aquela meleca toda, então ele aprendeu a segurar o cocô até a hora da fralda, seja pra fazer a soneca da tarde, pra dormir de noite, ou para sair.
Mas teve um dia que ele não conseguiu segurar, estava brincando lá fora e entra em casa gritando: “cocô, cocô!” Levo ele no banheiro, ele senta na privada durante 2 segundos, trava e já quer descer… 2 minutos depois a mesma gritaria e o ritual se repetiu por mais cinco vezes, sabia que ele estava super incomodado, mas não conseguia relaxar pra fazer o dito cujo. Então tive a ideia de deixar o peniquinho lá fora, onde ele estava brincando, e pouco tempo depois ele entra em casa eufórico e me puxa pela mão pra ver. Comemoramos muito aquela (enorme) obra maestra e ele se sentiu orgulhoso do próprio feito.

Foi o sinal que esperávamos pra passar pra 2ª fase, “o desfralde diurno completo”.
Já faz uns dias a fralda é usada somente para dormir, em casa é um sucesso, na escolinha estamos ainda aprendendo, nesses primeiros dias sempre tem alguma escapadinha do xixi, e o cocô (ainda) só em casa.
Acho que já estamos avançados no processo.
E quer saber?
Está sendo infinitamente mais fácil (e limpo) do que eu pensava!

Aventura

Olha quem está falando!

Quando escrevi o post “Corujices” com as primeiras palavrinhas do João, pensei que estaria sempre atualizando aqui no blog, o vocabulário do pequeno. Mas aí vem a falta de tempo, a falta de inspiração, a falta de vontade…o esquecimento… e daquele post, já passou mais de 6 meses.
Nesse período o vocabulário do pequeno diminuiu e mudou para depois aumentar… pouco a pouco as silabas se transformaram em palavras, as palavras se juntaram formando pequenas frases, e com um pouco de paciência e muita imaginação as frases soltas, viram um pequeno dialogo multicultural.
Apesar da minha insistência, de falar com ele sempre em português, dos DVDs, de pedir aos amigos brasileiros que falem com ele em português, do Palavra Cantada, do “parabéns pra você” e da musica do “pato” (João Gilberto), apesar de tudo isso e do quão musical e lindo é o nosso idioma, o João tomou partido e se comunica principalmente em catalão.
Normal, né? A influência do meio é grande, o super papa, “la iaia”, a escola.
O lado bom é que ver um garotinho que não chega ao metro de altura falar expressões típicas catalanas, é engraçado demais! Mas por outro lado: ler os blogs das mamães no Brasil e morrer de fofura ao ler que do lado de lá, os garotinhos e garotinhas falam coisas do tipo, mamãezinha linda, ou “quelida” ou bonitinha e afins, é (confesso!) de morrer de inveja.
Mas enfim… é a consequência de ter um filho gringo. Fazer o que?
Segundo o super papa, eu não devo me preocupar, que mais cedo ou mais tarde, ele vai falar em português, eu sei! Como também sei que até o próximo intensivo de “português du Brasil, nu Brasil” tenho que me consolar com o “Mami” dito de forma manhosa, que não se compara a um delicioso, “mamãezinha linda” porém quando seguido de braço em volta do pescoço e tapinha nas costas, também é gostoso, né gente?
O que importa é que ele entende perfeitamente o português, (e também o espanhol) fala palavras soltas dos 3 idiomas (e as vezes chega da escola com alguma palavrinha nova em inglês), repete comigo, quando eu faço a tradução simultânea, e algumas vezes inventa palavras misturando os idiomas, que não deixa de ser engraçadíssimo.
E pra deixar registrado, algumas das minhas preferidas (ou as que lembro na hora de fazer o post):
Uao – João
pieu – perdeu – essa palavrinha, merece um post, e vocês não podem imaginar, o quanto ela é usada e nos contextos mais inusitados.
ti tan“i tant” – expressão catalana, mais ou menos como “com certeza” usado de forma divertida pela forma que ele encaixa a palavrinha no dia a dia.
Auxili – “auxili” – forma de pedir ajuda formalmente em catalão – usada informalmente e muitas vezes ao dia, em um tom de voz um pouco histérico, para pedir ajuda tanto para subir, descer, abrir, fechar, levantar, quanto para que alguém o socorra quando eu o agarro e dou beijos de forma exagerada.
Si, mama! – essa na verdade destaca pela forma que é dita. Sabe o “tá bom mãe” dito por um adolescente quando concorda só pra que a mãe deixe de “pentelhar”? Ele, com 2 anos, alcança o mesmo tom de voz e significado.
ammé – também – (mas parecido ao catalão: també) – ou a forma de citar todos daqui de casa, por exemplo:
– A mamãe vai de bicicleta.
Ele: o uão ammé (pausa) o papai ammé (pausa) a mamãe ammé (pausa) a preta ammé.
E as vezes volta ao começo e repete tudo de novo.

No fim das contas, seja qual for o idioma, o desenvolvimento da fala, é divertimento garantido. Sempre!

Primavera! E agora?

A chegada da primavera, para os pais de crianças na faixa dos 2 anos, significa (na grande maioria das famílias) que chegou a hora do desfralde.
Não costumo me guiar pelo calendário, porque acredito que cada criança tem seu ritmo. E se respeitamos o ciclo de cada processo de crescimento, tudo acontece de forma mais natural e fácil.
Mas dessa vez, (talvez) nadaremos a favor da maré.
Enquanto o João apresentava alguns sinais, em casa já nos questionávamos se era o momento, a educadora da escola propôs de começar um “treino” de desfralde e um sol um pouco tímido começou a aparecer.
Com esse conjunto de fatores, resolvemos “experimentar”.
Recuperei o penico e o redutor que estavam guardados no fundo do armário, Conversei com o filhote e expliquei que ele podia escolher entre fazer xixi no peniquinho ou no vaso sanitário, provamos de sentar nos dois pra ver qual ele gostava mais.
E como quase sempre, ele reagiu bem à novidade, gostou de cara da ideia, abaixou a calça, tirou a fralda e fez um xixizão no penico, vibramos com o acontecimento e ele se mostrou ficou super feliz e orgulhoso da própria proeza.
Foi um bom começo, mas tenho consciência de que é só um primeiro passo do caminho.
Espero ter a sabedoria de reconhecer os sinais e respeitar o tempo dele, sempre!
E se preciso, abortar o processo esperar um pouco mais para começar tudo de novo… quando for a hora.

Ele

está cada dia mais “falante e crescido”, brinca e sobe e desce e pula e ri e canta e dança e chora e aprende e aprende e aprende, diariamente…

Ele adora inspecionar meu nariz e morder o meu queixo e sempre me dá muitos beijos e abraços e tapinhas nas costas. Não entende a frase “espera um pouco que agora estou ocupada”, mas sempre me ajuda nos afazeres domésticos, é o colocador oficial da pastilha da maquina de lavar louça, não é muito comilão, mas adora fruta, sabe as gavetas que não se pode abrir, sabe os livros que não se pode tocar… mas as vezes “esquece”.
Ele vai pra escola de bicicleta, e já sabe que só pode atravessar a rua quando o “homenzinho” está verde, e repete a exaustão, “vêdi si, melho no, vêdi si, melho no…” .
Ele sempre busca a lua no céu e adora quando encontra as estrelas…

Ele não gosta de dormir sozinho então me deito com ele, e esperamos o sono vir e se eu saio do quarto ele me chama, e aponta com o dedo o lugar que ele quer que eu me deite, ali do seu lado… e ele segura minha mão, e antes de fechar os olhinhos me dá beijos e sorri e eu sorrio também e lembro que não quero esquecer que eu as vezes reclamo e me canso… mas amo, amo infinitamente esses nossos momentos.
Porque ele é minha fonte de alegria… diariamente!

Comendo tudo…

Depois de alguns dias imensamente feliz de ver o pequeno comer bem e mostrar o prato vazio, com um sorriso de orelha a orelha, falando eufórico que comeu tudo…
comecei a desconfiar… aquela velha história: “quando a esmola é demais o santo desconfia…”
Já tinha percebido que ultimamente o João e a Preta estavam num grude só… que a Preta tinha estabelecido um lugarzinho estratégico debaixo da mesa na hora da comida do pequeno…
Mas só caiu a ficha hoje, depois de flagrar o João que discretamente “deixava cair no chão” o que sobrava da comida enquanto a cachorra discretamente e quase sem fazer barulho comia os grãos de arroz que o filhote generosamente compartilhava com ela.

ai… alegria de mãe dura pouco mesmo!

A primeira bicicleta

Até um pouco antes do João fazer 2 anos, brincávamos que ele era a criança mais sem brinquedos da história. (Obviamente, era uma brincadeira, uma maneira de ironizar o fato de que ele tinha poucos brinquedos). Ele até tinha uma caixa de brinquedos, com os mordedores de quando era bebê, peças de plastico de montar, algum carrinho de tudo a 1,99 e outros que ele tinha ganhado ou herdado, mas no final ele gostava mesmo era de brincar com Tupperware, lápis e papel, a bola de vôlei da mamãe, os instrumentos de percussão do papai ou qualquer outra coisa que não fosse destinada exclusivamente a brincadeira de criança.

Talvez por isso “esquecíamos” de comprar brinquedos para ele.

Para compensar (ou para justificar) dizíamos que para o aniversário de 2 anos do pequeno, compraríamos um brinquedo bem legal. O super papa já sabia exatamente o que… e durante alguns meses pesquisamos, namoramos, escolhemos o modelo e a cor e criamos muita expectativa do quanto ele ia desfrutar do super presente de aniversário.

No dia do aniversario do papai, (uma semana antes do aniversário do filhote), resolvemos não esperar mais e comprar de uma vez o tal brinquedo dos (nossos) sonhos.

Era uma bicicleta, dessas sem pedal, especial para crianças pequenas, uma boa maneira de treinar o equilíbrio, a coordenação, a agilidade e desfrutar desde pequenininho da aventura do movimento.

Quando o papai chegou em casa com o presente e o João viu a bicicleta ficou eufórico, repetia a bici, a bici sem parar, super feliz até tentar subir e não conseguir tocar os pés no chão… ainda faltavam uns 3 cm para que ele pudesse andar de bicicleta com segurança.

E foi um pouco frustrante para todos.Talvez por nossa alta expectativa e por fazer um pouco de pressão para que ele provasse mais vezes, ele se negou a brincar com a bicicleta e o super presente ficou ali num canto do quarto durante um bom tempo, as vezes depois de um pouco de insistência, ele andava na pontinha do pé durante 1 minuto pela casa, mas bastava um mínimo desequilíbrio para que ele a abandonasse outra vez num canto qualquer.

Até que faz umas duas semanas ele ficou dodói e teve febre (dizem que as crianças crescem quando tem febre, ou tem febre porque crescem…. ou alguma bobeira assim). O fato é que ele cresceu alguns centímetros e os pés já alcançam o chão sentado na bicicleta, insistimos um pouco mais e ele foi tomando gosto pela coisa, se acostumando e se sentindo confortável “sobre rodas”.

Esse fim de semana, a bicicleta foi a protagonista, ele subiu, desceu, fez curvas, estacionou, correu, caiu, levantou, sorriu e desfrutou tanto, tanto, tanto da bicicleta quanto a gente… de vê-lo feliz.

La lluna i la Pruna

Desde que o João aprendeu a musiquinha da ” la lluna i la pruna” (já faz mais de 3 meses), ele passa o dia inteiro cantarolando pela casa.
Ele AMA esta musica, (daquela maneira obsessiva que tem as crianças, quando gostam de uma coisa).
Eu coloco musica em casa e ele logo pede: ” La lluna, mama, La lluna” .. Está brincando com os instrumentos, e canta a tal musica, em varias versões… Estamos passeando e ele vê a lua, e avisa logo… ” Mia, mama… La lluna mama…” (olha, mãe a Lua) e já começa a cantar…
Hoje de tarde estava comendo uma bolacha redonda, deu uma mordida grande, e quando a bolacha estava em formato de lua, ficou todo feliz, e saiu cantando pela casa…

Então, né? Não podia deixar de registrar aqui no blog, uma versão acústica da musica mais famosa do pedaço.

Com vocês: o João e “La lluna i la pruna”.

ps1.: La lluna i la pruna = A lua e a ameixa

ps2: Depois de um fim de semana curativo, estou bem! Já recuperada!

Muitíssimo obrigada pela força e pelas palavras carinhosas. Bom demais receber esse carinho de vocês!! Beijos!!

Musicalmente

Talvez tudo tenha começado, quando o pequeno Astronauta acompanhava com chutinhos e cambalhotas, enquanto o Super Papa tocava o pandeiro para a barriga da mamãe. Ou talvez tenha sido influencia do CD que el Super Avi gravou de canções de ninar, e que foi hit aqui em casa por semanas a fio… Pode ser também pelas musicas selecionadas com muito carinho para a hora da massagem, ou pelos playlists de brincar, pular e dançar agarradinho. De uma forma ou de outra a musica sempre esteve presente.

Talvez seja um dom, ou só o hobbie do momento, não sabemos se é influencia, ou se ele já leva dentro, só sei que um dia, enquanto a mamãe tirava as panelas da máquina para guardar, o João sentado no cadeirão, pegou uma colher e começou a fazer batucada, e esse dia ele aprendeu que podía “fazer música” com o que encontra pela frente e nunca mais parou.
E com a música é assim… ele esta sempre atento aos primeiros acordes.. cantando, dançando ou tocando… O Super Papa, que tem um lado músico também, incentiva um monte e quase sempre estão os dois juntos entre timbaus, violão, pandeiros, sax e sanfona.

Nesse Natal teve uma sintonia muito legal de presentes, uma amiga da mamãe, a Fabi, deu de presente pra ele um pianinho, o tió” de la família cagou entre outras coisas pandeiros e uma flauta, o Papai Noel passou pela casa de la Iaia e deixou um kit de percussão e o Papai Noel de casa um violão.

Se ele vai ser musico ou não, ninguém sabe, de momento a família super coruja desfruta o máximo de ter um filho artista*.

Nota do Autor: Esse post foi escrito por uma mãe coruja, no ápice do seu “corujismo”. Entende-se por *artista, dom e aptidões musicais, um menininho de 2 anos, que gosta de brincar com seus instrumentos musicais.

Caga Tió

Diz a lenda que quando nasceu o menino Jesus, havia uns pastores no campo, que estavam tristes, porque não tinham nada para oferecer ao recém nascido. Cheio de tristeza e frustação, um deles começou a golpear um tronco. Então, milagrosamente, deste tronco começaram a surgir presentes, que os pastores prontamente levaram para o menino.


Essa é a origem do Caga tió, uma antiga tradição, típica em Catalunha durante o Natal, um ritual delicioso e divertido, presente na maioria das casas com crianças por aqui.

Mais ou menos 15 dias antes do Natal, cada família “adota” um tronco, e para que esse tronco “cague” muitos presentes, é importante ir dando de comer e beber ao tronco durante a noite, deixando ao seu lado um pouco de comida e bebida.

Pela manhã o que foi deixado a noite desaparece misteriosamente…

Na véspera de Natal, a criança pega um pequeno bastão e golpeia o tronco, cantando a musica do caga tió, que traduzindo ao português seria mais ou menos assim:

“caga tió (tronco em latim) tió de Natal, não cagues arengadas, que são muito salgadas, cague torrones que são bons. Caga tió, amêndoas e torrones, se não caga nada, te dou um golpe com o bastão”.

Ontem foi o caga tió da escolinha… O João ficou super ansioso pra chegar logo a sua vez de bater no “tió” e receber seu presente. La iaia estava lá para ajudar o João a “fer cagar el Tió”.

E a mamãe que estava a cargo de fazer a filmagem na hora H se atrapalhou toda e não filmou o João batendo no tió…. ooooooooo

Mas o resultado da brincadeira foi pura diversão.

Deixo um video resumo do caga tío da escolinha…

Vou tentar fazer uma filmagem e edição melhores pra próxima. tá?
Com vocês o primeiro “caga tió” do João.

Ps.: Depois de ter “sua obra aclamada pelos melhores críticos da blogosfera, ter dividido opiniões na classificação da sua arte (expressionismo, expressionismo abstrato, surrealismo) e ter sido comparado com Miró e Picasso. El tió, colaborou com a família do artista e cagou para ele, lápis e hidrocores e livrinhos para pintar.

Gracies Tió

Expressionismo

Expressionismo por João o astronauta:

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