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Eu, o tempo, os problemas externos e a mãe que eu quero ser.

Sempre tive um certo orgulho da mãe que eu me tornei.

Não um orgulho mesquinho, nem presunçoso de achar que sou perfeita ou mais mãe melhor mãe que qualquer outra… Mas, um orgulho que vem do auto reconhecimento e uma auto valorização pelo quanto eu aprendi, do tanto que eu mudei, dos limites que minha paciência chegou alcançar e por todas as manhãs que consegui contar até 10, engolir o meu mau humor matinal e não explodir.

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novas descobertas…

A quase 4 anos atrás o super papa, achou que queria mudar, morar no campo, diminuir ritmo, desfrutar da natureza, colher azeitona e plantar uma horta.

Me convenceu (de uma parte) desse projeto, idealizou rotinas e o logo do azeite que ele iria fazer com as próprias mãos… depois de pouco tempo, compramos um terreno, no meio do mato, com uma casinha minúscula em cima da montanha.

Descobri que estava gravida, quando o processo da compra já estava bem avançado, e me lembro do dia que assinamos a escritura e a primeira vez que fomos pro terreno, já sendo nosso.

Lembro da alegria do super papa de ter aquele pedacinho de floresta e de imaginar o filhotinho, correndo, caindo e levantando naquele chão de terra.
O projeto de morar no campo foi ficando distante, (ufa!) mas nem por isso o maridão deixou de investir energia naquele lugar.

O João nasceu, esperamos ele crescer um pouco pra leva-lo a la casa de montanyes, depois esperamos o inverno passar, depois esperamos que o lugar tivesse um pouco mais de infraestrutura para um bebê, depois aconteceram imprevistos e mais imprevistos e mais imprevistos, que nos desanimaram e perdemos um pouco a vontade de estar ali

Até que nesse ano, com a chegada do sol, planejamos subir com uns amigos até a casinha.

E foi assim, que nesse fim de semana o João conheceu finalmente nossa casa de “fusta” – la casa de les montanyes.

É incrível o poder dos “petits” de se adaptarem às mais diversas situações e de captar a energia dos lugares.

Ele não estranhou que ali não tivesse luz, que o xixi tinha que ser feito no mato, que a agua era recolhida de um poço e que dormiríamos no colchão no chão. Muito pelo contrário, ele aceitou as novidades, como se fosse assim que tivesse que ser.

Ficou super bem, escalou “montanhas”, brincou com a água, com a terra, conversou com as formigas, conviveu amigavelmente com besouro e insetos não definidos (e a mamãe se conteve várias vezes pra não gritar e passar o medo tonto de inseto pro pequeno), tomou um baita susto quando uma rã pulou por ali, enquanto ele cavava na areia, mas depois (segurando a mão do pai) foi atrás dela para investiga-la, passeou, brincou com a Preta como nunca, ficou distraído sozinho como nunca, observou as borboletas, encontrou flores azuis, amarelas e brancas, desfrutou do balanço improvisado, compartilhou com o pai o prazer do contato com a natureza, foi apresentado às plantas do lugar, quase conseguiu diferenciar alecrim de tomilho, “subiu” em arvores e no fim do dia, dormiu na rede olhando a lua…

E mesmo sendo o projeto do super papa, e que muitas vezes eu não tenha abraçado a causa tanto quanto ele gostaria, adoro o jeito que ele tem de incentivar o nosso astronautinha a desfrutar da natureza e o agradeço por isso.

Nesse fim de semana, descobrimos que não precisamos de grandes eventos para ser feliz.

E espero, filho, que você possa sempre admirar as coisas lindas que estão ao nosso redor e possa enxergar sempre a felicidade das coisas pequenas e simples.

eu fui assim…

No dia 14 de outubro de 2005… eu fui assim:

Vestido: desenhado e feito por mim
Xale: Marcia Ganem
Sapatos: Pura Lopez
e uma vontade imensa de que seja infinito! enquanto dure…

Ontem, fui comemorar com o maridão o nosso aniversário, pegamos um cineminha matiné (vimos Ágora do Amenabar. Muito, muito bom!!), e depois fomos jantar num restaurante perto de casa, super agradável, vinhozinho, saladinha, queijos e embutidos. Simples assim…
Quando chegamos em casa o João ainda estava acordado, tentei colocar ele pra dormir no quarto dele, e ele chamava o papai, o papai tentou colocar ele pra dormir e ele chamava a mamãe.
Acabamos quase dormindo os três no sofá da sala, juntinhos, um pouco embriagados do vinho, e desfrutando desses pequenos momentos de felicidades que a vida nos brinda… com certeza a melhor maneira de fechar o dia, que foi tão gostoso.

Entrevista mammys blogs

O Mammysblogs, está semanalmente apresentando os blogs do diretório e essa semana foi a vez do Astronauta.
Quem quiser conhecer um pouco mais da historinha do blog, passa lá:
Mammys blogs – Entrevista: O Astronauta

amor, meu grande amor

Amor, meu grande amor, não chegue na hora marcada, assim como as canções, como as paixões e as palavras… Me veja nos seus olhos, na minha cara lavada, me sinta sem saber se sou fogo ou se sou água.
Amor, meu grande amor, me chegue assim bem de repente sem nome ou sobrenome, sem sentir o que não sente… Que tudo o que ofereço é meu calor, meu endereço, a vida do teu filho desde o fim até o começo.
Amor, meu grande amor, só dure o tempo que mereça e quando me quiser que seja de qualquer maneira, enquanto me tiver que eu seja a última e a primeira
E quando eu te encontrar, meu grande amor, por favor, me reconheça.
(Angela Ro Rô)

::: aniversário do beijo

13.05.2004.
Lo de las palas, mejor con sol. ¿No?
Oooooh! Pel meu barri ja surt el solete!
Uri

Vida de Mãe

Vida de mãe é assim, dedicar todo tempo possível ao filho, reclamar muito que não tem tempo pra nada e quando sobra um pouco de tempo, sentar na frente do computador e fazer um blog pra falar da coisa mais importante dos últimos tempos.
O João.


João com 10 meses e 7 dentes e meio.

Viva o agora!!

Hoje é o dia do meu primeiro post no presente.
Barcelona, 14 de outubro de 2008.

Aproveito pra mandar um recado pro SP (Super Papa) que esta viajando.

Faz 3 anos…

Volta ao trabalho

Quando estava grávida tinha 3 empregos.
No nº 1 trabalhava de segunda a sexta, de 9 as 19hs.
No nº 2 eu passava algumas horas 2 x por semana, geralmente quando saía do nº 1, ou algum dia do fim de semana.
No 3º eu trabalhava as vezes no trabalho nº 1 e outras quando dava.
Eu sabia que quando o João nascesse eu teria que diminuir horas de trabalho, mas ainda não sabia como.

Então a “vida” decidiu por mim, a empresa do nº 1 não renovou meu contrato e com 8 meses de grávida eles me disseram: adios y buena suerte!
Foram dias duros, fiquei meio depre, pensei em colocar na justiça, contratar advogado… mas não queria energia negativa pro meu bebe e decidi não fazer nada e relaxar.

Foi difícil… mas quando foi passando o tempo vi que foi o melhor que podia ter acontecido.
E agora… não consigo imaginar como seria voltar a trabalhar e deixar o filhote na creche todo o dia.

Mas… como uma mulher prevenida vale por duas… ficou o emprego nº 2, que a partir de agora será o único.

Esse mês volto a trabalhar, algumas horas 1 x por semana.

E a verdade é que estou muito contente e animada pra “volta ao trabalho”, pela 1ª vez desde que o João nasceu vou sair de casa sozinha, sem empurrar o carrinho, sem ele na mochila e nem no sling.

Livre leve e solta!!!

O João ficará com “la Iaia” (a vovó catalana).
A partir deste mês as terças-feiras serão o dia de “la Iaia”.

E como vocês podem comprovar….

Olha a cara de quem esta preocupado…

POSITIVO

Já tinha esquecido a “brincadeira” de fazer um filho, março tinha sido intenso, correria no trabalho, uma escapada familiar a Veneza e muitas coisas acumuladas.
Já no final do mês, um certo mau humor e um pouco de indisposição que eu atribuía a TPM que estava por vir… Mas… Pensando bem… a TPM já durava mais de duas semanas e a menstruação não chegava, tudo isso juntando com certos enjôos matinais resolvi por “desencargo de consciência” fazer um teste de gravidez.

Saí do trabalho passei na farmácia e fui pra casa, marido estava em Menorca, nos encontraríamos no fim de semana para passar a semana santa na ilha.

Leio as instruções, molho o treco no xixi, espero um pouco e começam a aparecer duas linhas, volto a ler as instruções, e as linhas e as instruções e as linhas… e caí a ficha…

POSITIVO

Choro, ligo pra amiga, choro, volto a ler as instruções, choro…
Acho melhor contar ao marido pessoalmente, mas ligo pra ele mesmo assim… não sei muito bem o que falar e choro…
Marido fala:

– Ta grávida, né?

Ele já sabia.

TUDO COMEÇOU ASSIM…

Durante um tempo falar de bebês era um assunto proibido,
a resposta do marido para quem perguntasse sobre filhos era sempre:

– Filhos??
– Não, não, não!! … Ui quanto trabalho (quina feinada…)

Era mais ou menos novembro de 2006 e eu decidi que queria poder falar sobre o assunto e comuniquei ao marido minha decisão:

– Vamos ter um filho em agosto-2008.
(explicação astrológica: sou áries ele sagitário, faltava um leãozinho para completar o “fogaréu” lá de casa.)

um minuto de silencio

Marido responde:
– Agosto de 2008 – ok.

E todos tranquilos.

Eu porque filho já não era tabu.
E ele porque ago/08 estava looooooonge muito longe.

04.03.07 – domingo – aniversário do sogrão

Reunião familiar, boa comida regada de muito vinho…

Já na volta pra casa, embalados e animados…

– vamos fazer um filho?????

IUPIIIIIIII

Post originalmente escrito em 11.09.08