Quem me conhece sabe que um dos meus maiores desejos é que o filhote fale português, cheguei até a idealizar que ele falaria sem sotaque, mas hoje já cansada de escutar que euzinha (quem? eu?) falo – e escrevo – com sotaque, resolvi colocar os pés no chão e querer algo mais possível: que ele consiga se comunicar naturalmente no meu idioma materno.
Sempre achei que ter um amigo brasileirinho pudesse ajudar à que essa naturalidade fosse possível.
Por isso, conhecer o Moreno, foi pra mim uma das coisas mais bacanas que aconteceu esse verão.
O Moreno tem quase a mesma idade que o João, é filho de pai carioca e mãe paulista e moram aqui faz tempo, amigos de amigos, gente finíssima. Até já tínhamos nos cruzado por aí, mas que os garotos se encontrassem e rolasse uma identificação imediata foi o que fez aproximar-nos mais.
Foram vários dias de praias, algum showzinho de verão, reunião na casa de amigos, e essa sensação incrível de poder bater um papo, tomar uma cervejinha, jogar voley, enquanto os rebentos brincavam como se não estivéssemos ali. Que alias, um quesito importante pra me dar bem com outra mãe, é justamente esse, o da liberdade pra deixar que eles interajam sozinhos, e principalmente que tenham a oportunidade de resolver suas próprias briguinhas e desacordos, porque por experiência própria quanto menos nos metemos para apaziguar uma situação, mais rápido eles encontram a solução e quando menos se espera já estão rindo de novo. Claro que de vez em quando precisa de uma interferência “adulta”, mas quanto menos, melhor!
Na hora de ir par casa, era sempre a mesma novela, não quero ir pra casa, quero ir pra casa dele, fala pra ele vir pra minha… Então combinamos que já era a hora de fazer um intercâmbio e na sexta-feira passada foi dia de estreia aqui em casa:
A primeira vez que um amiguinho do João vinha dormir aqui.
Passamos a semana inteira, planejando, comentando e no dia marcado, nos encontramos na praia, depois de algumas recomendações da mãe do Moreno, do tipo: pode ligar a qualquer hora, hein? Amanhã posso ir buscar o Moreno bem cedinho… Ai tô com pena de vocês hahahaha, levamos os meninos pra casa e me ví sem nenhuma preparação especial nem anestesia, assim como num passe de mágica, mãe de dois.
E sabe que? Gostei!
Teve banho em conjunto, brincar na rua, cair os dois cansados na cama. No outro dia acordaram cedo e nem se estranharam, colocaram o quarto de cabeça pra baixo, brincaram, disputaram brinquedos, competiram, de vez em quando se escutava um: “meu brinquedo é mais legal que o te-eu nana nana ná”, ou um grito de “é meu”… mas na sequência já escutávamos as risadas.
Nunca tinha pensado que essa etapa chegaria tão cedo. Ou que o tempo passasse tão rápido. Mas foi uma experiência tão legal, que espero sim repetir mais vezes. na próxima vez, será o João que irá dormir na casa do Moreno, então volto aqui pra contar como foi.
Ah.: E como ser mãe é aprender a lidar com as expectativas, os dois se comunicam na língua deles, um portacatanhol, que obrigatoriamente tem uma palavra de cada idioma em cada oração. Oh cielos!
ps.: E essa passagem rápida pela experiência de ser mãe de 2, me fez pensar em uma coisa mais que aprendemos com nossos filhos. O perdão. Será que um dia aprendo com esses meninos a nobreza de perdoar e esquecer assim, com tanta facilidade? ai…
Super Moreno, Super Joao, Brotherssssss……
Flávia,
Achei tão legal a forma como vc descreveu a experiência!!
Eu ainda não recebi nenhuma amiguinha da Júlia pra dormir, mas outro dia peguei uma para passar o dia na casa da minha mãe. Foi tão bom, mas tão bom!!! Eu achava que teria mais trabalho, mas foi o oposto… acabou sendo mais fécil pra mim e mais divertida para ela. Adorei! E quero repetir…
Sua reflexão ao final foi interessante… a gente tem muito a aprender com os baixinhos, não é mesmo?!
Mais uma fase que chega, a de dormir fora e receber amigos em casa, aiai, eles crescem tãããão rápido, snif, snif…
Lindo João!
Beijos,
Nine
Ai Fla, que delícia!! Adorei a experiência e a forma como vc a descreveu. Essa troca é mesmo incrível para eles, aprendem tanto um com o outro! Do idioma à convivência, passando pelas “disputas”, pelas cumplicidades…
E que mágica essa ser mãe de dois já grandes né! rs!
bjos!
Ando suspirando a cada passinho da Nina, cada novidade na vida dela. Suspirei hoje pelo João também. Coisa boa ver criança crescendo!
Oi Flávia, a-m-e-i fazer contato com o Astronauta, blog lindo, filho lindo e lindas palavras!
Já sigo com certeza e nos meus favoritos já está aterrizado!
Convido vc para ir conhecer o http://www.minhapequenamaria.com
Te espero lá!
Beijos nossos!
Que delicia de cumplicidade desses dois! Alias, acho que é mais facil ter 2 crianças em casa do que uma so’, hein? Convidei pela 1° vez uma amiguinha do Rafael para vir brincar aqui e estou esperando a resposta da mãe dela. O Rafael vai ficar doidinho!
Fla, é meio chocante pra gente ver nossos filhos crescendo tão rápido, né? Também vivo com essa sensação de que a Luísa está fazendo as coisas mais cedo do que eu esperava.
Eu tb acho demais observar de longe a relação deles com os amiguinhos. No último sábado levei a Luísa pra comemorar o aniversário de uma amiga da escola no Hopi Hari. Eram quatro amigas da turma. Elas se divertiram tanto juntas, tanto!! Muita cumplicidade, algumas briguinhas pra definir quem eram as duplas que iam juntas nos brinquedos, mas, acima de tudo, muita diversão. Meus olhos brilhavam de ver a felicidade delas juntas. Queria estar ali correndo também.
Beijos
Flá, que legal isso de ter um amigo brasileiro!! Adorei Moreno de cara!
Aqui ainda não tivemos amigas para dormir, só para passar o dia. Mas a Ciça já tem muitas amizades, é uma delícia acompanhar isso. Eu não me meto em quase nada, elas resolvem tudo (ou quase tudo) sozinhas.
O problema é que a Clarice tenta se meter e atrapalha tudo. Mas às vezes ela até consegue brincar um pouquinho com as grandes, ela vira a boneca das meninas.
Beijos
incrível como eles têm uma capacidade de se autorregular. normalmente, eu não me meto a mediar os conflitos, só quando a diferença de idade ou de amadurecimento é muito grande.
alice adora dormir fora e adora quando convido as amigas para virem pra cá. duas dá menos trabalho que uma. e agora ela tem me ajudado muito com arthur, eles passam bons minutos usufruindo um da presença do outro! pretendo tirar fotos do show… daí mando pra vc!
beijoca
mari
http://viciadosemcolo.blogspot.com/
Flávia, sei que meu comentário não é nenhuma novidade, mas eu realmente acho tão incrível isso, que vou comentar, tá?
=)
Quando leio seus posts sobre a experiência de criar um filho em outro país, com outra cultura e outra língua sempre me deixo impressionar por quanto eu concordo com você no que se refere a essa sua vontade de manter a cultura brasileira próxima ao João. Fico feliz porque vejo muitas e muitas vezes pessoas que desvalorizam o Brasil, sua língua e cultura e acham que vão conseguir criar um cidadão do mundo “aculturando” a criança (digo aculturar, mesmo sabendo que a palavra é forte, porque vejo não uma atitude ” tanto faz” em relação ao Brasil, mas sim o contrário, uma atitude de “esquecer”, “camuflar” ou negar o que vem do país). Acredito que criar e educar uma pessoa para ser verdadeiramente um cidadão do mundo envolve em estimular o conhecimento, a aceitação e a vivência da(s) cultura(s) que forma(m) suas raizes, de modo que ele possa ter uma visão crítica e construtiva em relação à vida e às demais culturas.
Enfim, só queria mesmo dizer que acho fantástico que você estimule e incentive que o João conheça e experimente não só o português, mas o modo de viver brasileiro. Ele só tem a ganhar e, com certeza, no futuro, terá mais ainda a contribuir para o mundo.
=)
Beijos
ai fla,
que bacana!
puts… isso não tem preço.
isaac aqui já tem um amigão, o léo, que é filho do melhor amigo de infancia do maridex.
eles se dão super bem desde sempre, passam dias inteiros juntos, mas o dormir fora ainda não rolou….
bjocas
Flavia que gostoso ler seu relato e imaginar as vivencias boas das criancas, em especial do Joao.
Sabe que tenho um pouco dos seus sentimentos por aqui tambem, nao com relacao a lingua, pq o pequeno aqui de casa, fala portugues naturalmente, mas com relacao as amizades… o troco dificil.
Aqui e’ pior ainda, porque muitas pessoas (e inclua ai familias) estao so de passagem – veem ficam 2/3 anos e vao embora. Complicado isso e cada dia que passa, sinto que meu filho sente tanta falta de ter amigos como eu, ai eu sofro, como sofro.
Mas vivendo e aprendendo… aprendendo a perdoar, aprendendo a esquecer e aprendendo a se desprender.
Abracos e otimo final de semana para voces.
Gra
Oi Fla, vim responder o comentário que você fez lá no blog e que eu adorei.
Graças a Deus pequeno melhorou!!
Eu vejo os blogs como mais um espaço de formação de vínculos e por isso passamos por situações muito parecidas com as da vida real.
Ao mesmo tempo, ele é de certa forma, o “espaço do vínculo descomprometido”, mais ou menos como uma relação sem compromisso? É paradoxal mesmo . Ao mesmo tempo que nos cativam, eu não tenho responsabilidade nenhuma por você.
É uma entidade nova nas relações interpessoais e inúmeros são os motivos do porquê uma pessoa cria e mantém um blog. Seja qual for, esse blog é uma parte dela.
Assim como você, não consigo simplesmente parar e pronto.
No começo conseguia conciliar mais, nem era tão lida, mas lia quase todos e ia descobrindos novos, seguindo e linkando. Hoje, parece cada vez mais impossível me atualizar. Não consigo retribuir todos os comentários, que nem são muuuitos, mas sempre achei super bacana quando a gente comenta num blog e a blogueira bem retribuir, nem que seja com 5 palavras.
Graças a Deus, talvez por eu não ter interesse ou (tempo e condições) em transformar meu blog em alguém além do que ele é: um blog e ele não ter uma repercussão nas midias sociais como vários outros, nunca recebi comentários maldosos, nem de anônimos. Não sei se uma coisa tem a ver com a outra, mas acho que quanto mais divulgado mais exposto e mais sujeito a interferência externa. É que nem famoso né? rsrsrs (Aí tem um pessoal que fica tão famoso, que não consegue nem atender mais os fãs! Sacou?)
Enfim… desculpa me delongar, mas precisava vim aqui e trocar essas idéias contigo.
Grande beijo…
Lu
Blog lindo, foto super. Adorei!!!! Te conheci no MMqd vim aqui e adorei! Volto volto e volto!! Vou agora te conhecer melhor nos outros posts.
Bjoooooooo
Flávia, vim retribuir a visitinha lá no bloguitcho!
Você viu o vídeo que fiz pra animar meu filhote né (rs!) fiquei feliz por saber que ele levantou o seu astral, hehe!
Fiquei feliz mesmo!
Um grande beijo pra vc!
PS: Seu post me fez lembrar as vezes que reunia vários primos e todos íamos dormir na casa da minha tia,.
Hoje quando lembro, eu penso: -“Coitada da minha tia”… era muita bagunça, mais quer saber?… ela adorava também, rsrs!
http://piticodegente.blogspot.com
Sei não, mas aqui acho que vai demorar um pouco para Arthur dormir fora. Ele nunca dormiu nem na casa da avó (sem mim).
Vou por a culpa no Arthur, que é grudado na mãe e tem um soninho marrento. Ainda que talvez eu tenha que dividi-la por algum motivo que agora não estou lembrando… rs
Que bom que escreveu o texto para ir me inspirando a pensar no futuro…
Beijos!
Que delicia!!! Lá em casa sempre tinha algum amiguinho, era muito bom, minha mãe sempre incentivou essa relação com os amigos e era muito bom, fazer farra, acabar com a casa, pular muro, jogar bola (eu era praticamente um mulekinho, rs) eu pretendo ser assim tambem, deixar de lado a bagunça e abraçar os amigos da minha filha quando for epoca! E concordo 100% em deixar eles se resolverem quase sempre! é muito importante isso pra criança, saber que ela mesma pode resolver os conflitos, li e assisti alguns estudos que mostram “adultos” de hj que nao tem noção alguma de como interagir na nossa sociedade, porque foram privados de resolverem seus problemas na infancia, com a constante interferencia dos adultos! (eu particularmente, culpo essa tercerização da educação para a escola, que não quer se comprometer e portanto evita brigas a todo custo!). Mas conta depois a experiencia do pequeno dormir em outro lugar, pra mim eu ficaria bem mais apreensiva com essa parte do que com a do amiguinho em casa, rs bjs
Que massa, Flávia! Acho fantástica essa convivência, essa capacidade que as crianças tem de se entenderem sem a interferência de um adulto e tudo ser resolvido com a simplicidade natural da infância. Adoro receber os amigos das meninas aqui em casa e no final das contas a gente fica é muito feliz com tanta coisa boa que a gente vê, né?
Bjos!
Oi Flávia, adorei sua visita, que fofura os meninos, aqui ainda não comeou essa fase! mas vou adorar, sou uma “fuzarqueira” kkkkk
bjao e volta lá tá!
Oi Flavia,
Quanto tempo… estava com saudades de passar por aqui. Adorei o post. Que experiência única, tão importante para eles. Eles adoram esse momento e aprendem tanto um com o outro. Não é mesmo?
Quanto ao sotaque… nem fale. O Felipe fala português com um sotaque. A gente dá risada. Fazer o que?
Ah, agora já que gostou da experiência de ter dois “filhos” por aí não pensa na ideia de aumentar a família…
Beijos
I fully agree completely
wonderful post.Never knew this, regards for letting me know.
My site is iPage Reviews.
Que lindo o post!
Também acho esse momento marcante na vida dos nossos filhotes – e na nossa! Lembro do brilho no olhinho do Theo quando a Sofia veio dormir em casa. Alegria pura. Os dois se comportaram superbem e nem enlouqueci, como eu temia 😉 Muito pelo contrário. Adorei!
bjos
Mari
This post could not be more factual.
Em breve seremos três meninos dormindo juntos depois de cansar de brincar! Beijo. Tio Icaldo!!!
Que essa amizade seja eterna! Que fofo o Moreno! E que incrível que é o João! =)
Muitos beijos em todos!