Fim de tarde… o pequeno não tinha feito a soneca do dia, e perambulava sonolento pela casa, depois de uma sequência de tropeçar com o nada, cair da “moto” e ser atropelado pela caixa de brinquedos, ele chorava desconsolado…. Mamãaaaaaaaaeeeeeee
A mamãe vem ao resgate, pega no colo, dá uns beijos curativos e fala:
– “conta pra mamãe o que acontece quando o João não faz a soneca da tarde. Conta:
E ele levantado os dedinhos, começa a contar:
– Uno, tês, uno, déééiz…
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contando…
Birras – Capítulo 1
Sabe aquela frase, que diz, que quando conseguimos todas as respostas, mudam todas as perguntas?
Exatamente assim acontece, no aprendizado de ser mãe. Quando superamos ou aprendemos a lidar com uma fase, crise ou “problema” aparece outro diferente e mais desafiador.
Já faz uns dois meses mais ou menos, que aconteceu uma mudança muito brusca no comportamento do João.
O meu pequeno sorridente, brincalhão, divertido e simpático, de uma hora para outra se “transformava” em outra pessoinha, negativista, desafiante e monologuista de uma só palavra: NO! Muitas vezes, seguida de choro, empurrões, alguma mordida, tapa ou “birra”…
Minutos depois, como um passe de mágica, voltava a ser o meu menininho doce e alegre de sempre.
Reconheço que as primeiras mudanças repentinas de humor, me deixaram bastante nervosa, ansiosa e sem saber muito bem como manejar essa nova etapa.
Eu tinha respostas desencontradas na minha cabeça, sabia exatamente o que não fazer: “não gritar, não perder a paciência, não bater (nem um tapinha nem um tapão)” sabia que não podia simplesmente não fazer nada, mas não sabia o que fazer.
Foi quando comecei a busca por entender um pouco mais sobre essa fase de pré adolescência precoce do filhote.
Logo de cara, uma “boa” notícia, as “birras” acontecem mais ou menos, a partir dos 18 meses até os 3 anos e meio. (E são mais frequentes nos meninos que nas meninas). LEGAL! (pensei). E foi uma ótima motivação para aprender mais sobre elas, já que provavelmente vamos ter que conviver durante uns 2 anos.
Li muita coisa interessante (e algumas tristes também), e tenho vários links e algumas páginas de Word com o que eu me identifiquei. Quero fazer um resuminho e ir postando por aqui, para dividir com vocês o aprendizado e para não esquecer.
Pouco a pouco, vou assimilando, entendendo e me dando conta que tudo é tão mais simples… E podia se resumir facilmente em 3 passos:
Uma boa dose de paciência.
Acreditar que vai passar e
Usar essa frase como lema: “Ama-me quando eu menos merecer, pois é quando eu mais preciso.”
Ps.: Alguém pode me dizer a definição de “birra” segundo o Aurélio?
Si us plau.
Obrigada!
quando o universo conspira…
No “kit” do meu parto domiciliar estava incluído assistência durante a quarentena: assessoras de aleitamento, parteiras para a revisão e apoio da mamãe, e pediatra homeopata. O parto foi sem complicações, o bebê nasceu grande, saudável e recuperou peso rapidamente, o pediatra designado para o João nos inspirava confiança e… em time que ganha não se mexe, né?
E foi assim.. dessa forma um pouco sem planejar, que o pediatra e a homeopatia foram “escolhidos” para cuidar da saúde do João.
Eu particularmente nunca gostei de antibióticos (leia-se trauma de benzectacil) e por experiência própria, acredito que a doença tratada com eles tem mais probabilidade de virar doença de repetição.
Na quarta-feira o João começou a ter febre, umas poucas décimas, na quinta a febre subiu um pouco mais, ele vomitou todo o almoço e depois o lanche da tarde e a janta, mas estava “bem”, alegre, brincando e dormindo normalmente, dei a homeopatia de sempre e esperei.
No sábado, a febre atingiu a 39,5 foi quando o pequeno começou a ficar murchinho, olhinhos de dodói e sem vontade de brincar. Nessa hora o radar apita. Decidimos ir ao pronto socorro, o médico o examinou e não viu nada. “deve ser uma virose”, nesse caso a febre geralmente dura 4 ou 5 dias, receitou: antitérmico, hidratar e esperar.
Chegando em casa a febre voltou a subir, e chegou a 40,2… Passamos o fim de semana, em estado de alerta, muito colo e atenção constante.
Na segunda, a febre continuava alta, oscilava entre 39 e 40 e pouco. Comecei a ficar realmente preocupada (maldito terrorismo da gripe A). Por imaginar o pior e achar que podia ser alguma coisa mais grave, decidimos leva-lo ao pediatra do centro médico, (medicina tradicional) ali estaríamos melhor assistidos se necessitássemos fazer exames e tudo mais.
2) Ou poderíamos trata-lo com homeopatia. Rá!
O desmame
Ei, pequeno Astronauta,
Durante muito tempo pensei no quanto seria difícil deixar de te amamentar, nunca soube exatamente se era por causa da tua adoração por minhas tetas, ou por minha própria dependência de te ter aqui plugado, e de te sentir parte de mim dessa maneira tão especial, que sempre foi pra nós dois, a amamentação.
Tenho que admitir que apesar de ter desfrutado muito de ter amamentado por mais de 20 meses, alguns comentários e a típica pergunta “ainda mama?” tiveram uma pequena parcela de influencia na decisão de quando desmamar.
O processo do desmame começou sem eu que me desse conta, foi quando você pensou que “livre demanda” significava mamar toda hora, você já tinha 14 meses, e muitas vezes chorava para mamar, e quando eu te colocava no peito, você ficava meio minuto e já queria fazer outra coisa.
Decidi controlar um pouco as mamadas do dia, sempre quando você pedia eu te oferecia outra coisa, um iogurte, jogar bola, contar uma história, passear… na maioria das vezes você preferia fazer a outra coisa, então foi quando você deixou de associar o “tédio instantâneo” ao mamar, e cada dia que passava mamava menos.
Quando você ficava doente, ou caía e se machucava, ou simplesmente acordava da soneca da tarde um pouco mau humorado e nada te consolava, recorríamos ao nosso momento especial, e milagrosamente tudo ficava bem e é difícil descrever a importância que teve para mim ter te colocado no meu peito, cada vez que você estava cabisbaixo, febril e manhoso, e ver como você reagia melhor e eu também, porque me sentia uma super mãe com o super poder de te fazer feliz e orgulhosa de ter insistido e acreditado na amamentação prolongada.
Em abril, quando você tinha 15 meses, e ainda acordava muitas vezes de noite para mamar, decidi começar o desmame noturno, foi difícil no começo, mas você o assimilou bem, depois trocamos a parte da rotina de dormir que incluía te dar o peito até que você dormisse, por teus livrinhos preferidos e você gostou da idéia.
Então você só mamava uma ou duas vezes por dia, e as vezes nem mamava. Foi quando veio Paris, e eu pensei que seria o fim da nossa história de amamentação. Mas não foi assim, mesmo com um break de 5 dias, meu leite não secou, e sua vontade de mamar não acabou.
Mesmo mamando pouco, você não demonstrava sinais de querer parar, muito pelo contrario, e eu estava tranqüila com o ritmo das mamadas, e não me preocupava o “até quando?”.
Então você completou 20 meses, já fazia um tempinho vinha demonstrando sinais eminente de independência, os “terrible twos” começava a dar sinais de vida, e isso começou afetar o nosso momento especial. Você já não conseguia fazer a soneca da tarde mamando, então pedia mais, e mais, as vezes queria e não sabia o que queria, e uma tarde depois de 4 tentativas frustradas de dormir mamando e sua visível irritação porque parecia que já não saía leite do peito, eu te disse nervosa “basta”, que a mamãe estava cansada e não podia e nem queria estar toda a tarde com você pendurado no meu peito. Por mais que eu tente controlar, as tardes em que você não consegue fazer a soneca, são muito estressantes pra mim e as vezes me esqueço (e não quero esquecer) que são tardes difíceis pra você também.
No dia seguinte você não pediu para mamar, e eu não ofereci o peito e foi passando um dia e outro e quando me dei conta já tinha passado uma semana, durante esses dias você pediu pra mamar uma vez ou duas, mas aceitava sem reclamar qualquer alternativa oferecida pela mamãe.
No meio de tantas coisas acontecendo, mudanças de comportamento, fim das férias, nova rotina, demorei um pouco para assumir que dessa forma tínhamos concluído o processo do desmame.
Me senti estranha quando disse pela primeira vez “o João já não mama”, talvez porque isso significa muito mais do que simplesmente “já não mama”, significa romper um pouco mais o cordão que nos une, significa que você está crescendo, ganhando sua identidade e independência.
É o começo de um novo ciclo, se por um lado não posso evitar de sentir uma pontinha de tristeza e de saudades do bebezinho que passava o dia pendurado no meu peito, por outro lado , tenho um orgulho que não cabe no peito da pessoinha que você está formando… festejo o “novo” e a sorte que eu tenho de ser tua mãe.
Te amo! com amor,
Mamãe
Corujices
Parece que agora o João engrena no mundo das palavras, esse ultimo mês adquiriu várias palavrinhas novas ao seu (ainda) pequeno vocabulário.
Algumas, vem e vão, outro dia de noite me imitava contar até dez, “u, i a, i xá, i sei, i deeeeiz” levantando os dedinhos até chegar no dez quando mostrava a mão inteira, no outro dia de manhã, pedi, implorei, prometi sorvete de sobremesa, mas não teve quem o convencesse de contar.
E na sessão corujices do mês, com vocês, as preferidas do João:
Uau, uau – Cachorro
Uaauu – Leão
Uaua – Água (ou aigua – catalão?)
Uãu – João
Iaia – iaia (vovó em catalão) e hola
Báu – tchau (sempre seguido de beijos)
Bol – bola
Brum brum – carro, moto
Pop – pop (polvo em catalão)
No, no e No – Não
Oh no – aconteceu alguma coisa fora do previsto
O o – fiz merda (muito usada ultimamente)
Papa, paiiiiiii, papaiiiiii – Papai
Mãmaiiii, mãiiiiii, mama – mamãe, teta, qualquer mulher bonita, de cabelo castanho comprido que ele vê nos livros, revista ou fotos.
(o tal amor incondicional…)
Até agora não dá pra perceber qual é o idioma preferido dele, democraticamente ele vai lançando palavrinhas aqui e ali, em um ou outro idioma.
Hoje foi o primeiro dia de aula, depois de um mês e meio de férias. (Ponto para o catalão).
E daqui uns 10 dias a mãe da Maricotinha chega do Brasil, para a chegada da Ana, quero encomendar alguns DVD´s (ponto para o português).
É isso!
beijos, besos, petons per tots!
férias em imagens – parte I
João e os primos
Causos de verão
Na praia, dia 1:
o João livre, leve e solto estava por ali, jogando bola, entrando e saindo do mar, e se acercou a um grupo de meninas que brincavam na areia, eram inglesinhas, 3 irmãs combinadinhas biquinis e acessórios, a menor devia ter mais ou menos uns 2 anos e meio.
Ele observava as maiores brincando enquanto a pequena observava atentamente ao João e a visível diferença entre os meninos e meninas, (ah, sim, o João é adepto ao naturismo), a inglesinha que não teve a mesma educação “parisiense” da Alice, não se contentou com observar de longe e se levantou, se acercou e puxou o pipi do João para dar aquela conferida.
A mãe inglesa, envergonhada grita um NO de um lado, enquanto nós (os pais do garotinho) achamos tudo muito engraçado!
Na praia, dia 2:
Combinamos com uma amiga e sua bebê de 1 ano, para ir a praia. Os dois brincavam na areia de jogar pedrinhas, filhote se levanta para buscar outras e a bebê se levanta também e da dois passinhos em direção a ele.
Ao ver que a menininha se acercava, rapidamente ele põe as duas mãozinhas para proteger suas partes íntimas.
E foi assim que o João, 20 meses de praia, aprendeu a proteger-se das suas fãs mais atrevidas, achou esse negócio de brincar com meninas muito perigoso pra sua idade, e foi correndo buscar a bola.
3 em 1
1)
Desde la isla: Les festes
Um dos pontos fortes do verão em Menorca, são as festas populares que começam em Ciudadela, coincidindo com o dia de São João, e pelas ruas do “pueblo” entram os ginetes com seus cavalos, ao ritmo das canções típicas e fazendo saltar os cavalos como símbolo de poder e nobreza, enquanto as pessoas bebem “pomada” (mistura de gin menorquin com fanta limão) e vão ao lado dos cavalos para tocar-los. A festa se repete, de maneira reduzida, em todas as povoações da ilha, sendo Mahón a última a celebrar a sua festa a 9 de Setembro.
Queria colocar algum link em português explicando a história tradicional das festas, mas nao encontrei nenhum, e já é hora de ir pra praia (de novo). Ô vida dura…
Prato do dia
Quando fiz o post “peixinho”, a idéia era ir postando receitinhas e dicas para a alimentação dos pequenos… Ou seria sugerir que vocês deixassem receitinhas e dicas??
Enfim… a idéia é insistir no tema, trocar experiências e reunir dicas, falar bastante no assunto, acreditar no conceito quantidade não é = qualidade, e quem sabe um dia conseguir um nível Zen necessário para ver o filhote almoçar e jantar duas colheres e meia de vento, sem me estressar.
E no meio dessa nova filosofia, não é que de repente ele começou a comer bem.
Bem só não, MUITO bem. Tipo: dois pratos no almoço, um tentempié antes do lanchinho da tarde, e na janta outro prato cheio… uma beleza.
Eu, que não acredito em santos, já estava até buscando no google, pra saber qual é o santo padroeiro das crianças que comem tudo, para acender uma dúzia de velas. E sem conter meu contentamento, não parava de falar… Nossa, o João comeu tudo… Benza Deus, até o brócolis… Papai, olha só raspou o prato… e assim sem parar durante uma semana.
Aí gente. Ele cansou, né? Quem não se cansaria? Ele viu que quando comia bem, a mãe dele ficava muito chata, monotemática e repetitiva, e decidiu outra vez, não comer.
Então mamães, a primeira dica é:
Se teu filho que não come nada, de repente começa a comer tudo, finja naturalidade, aproveita para experimentar novos sabores e principalmente desfruta, porque normalmente não dura muito.
Dito isso, eu queria esclarecer umas coisinhas do post da receita do peixinho.
Não sou chef (né super papa?) não cozinho receitinhas novas e semi-elaboradas todos os dias e aqui em casa o básicão rola solto. Sorry! Sinto decepcionar…
Mas o que sim é verdade é toda a parte de procurar que a comidinha, seja saudável e com nutrientes variados, tento sempre comprar frutas e verduras em um lugar que me inspira confiança, e uso alguns truquinhos para enriquecer o prato do dia.
Daí veio a idéia da segunda receitinha.
Caldo de frango caseiro
Antes de ser mãe, eu torcia o nariz cada vez que o maridão fazia caldo, agora sou eu que não deixo faltar na geladeira.
O caldo feito em casa, com ingredientes frescos fornecem vários e excelentes nutrientes, entre eles vitaminas, minerais e proteínas. Além do mais pode ser um coringa na hora de enriquecer o basicão de cada dia, podendo ser usado para cozinhar verduras e fazer um purê, pra dar um gostinho especial no arroz ou para preparar a polenta (ou angu). E pra vocês que estão no hemisfério sul, caldo de frango caseiro + franguinho desfiado + rodelinhas de cenoura + arroz e temperinhos = a uma deliciosa canja, ideal para as noites de inverno e super nutritiva.
Pra quem se interessou a Pat Feldman, do crianças na cozinha tem uma receita, super mega profissa.
Taí o link:
http://pat.feldman.com.br/?p=5538
Também queria agradecer os comentários e dicas, do primeiro post de receita.
E eu concordo, eles são espertos e poderiam escolher por si mesmos uma dieta equilibrada… (mas isso já é assunto para outro post…)
Tudo Azul
Tava precisando mudar o visual…
Mas com o repentino mau humor que anda pairando por aqui, achei arriscado cortar ou pintar o cabelo…
Preferi trocar o template do blog, pelo menos dá pra fazer um backup do antigo e se não gostar do novo:
Maçã+Z
tá tudo meio bagunçado ainda, depois volto aqui pra ir arrumando poc a poc.
Bom fim de semana e beijos
my girl
a família do Astronauta agradece a Mari, Carlos e Alice, e Mari (y Ana), pela companhia agradabilíssima e por fazer do encontrinho uma dessas coisas que fazem a vida valer a pena.