Birras – Capítulo 1

Sabe aquela frase, que diz, que quando conseguimos todas as respostas, mudam todas as perguntas?

Exatamente assim acontece, no aprendizado de ser mãe. Quando superamos ou aprendemos a lidar com uma fase, crise ou “problema” aparece outro diferente e mais desafiador.

Já faz uns dois meses mais ou menos, que aconteceu uma mudança muito brusca no comportamento do João.

O meu pequeno sorridente, brincalhão, divertido e simpático, de uma hora para outra se “transformava” em outra pessoinha, negativista, desafiante e monologuista de uma só palavra: NO! Muitas vezes, seguida de choro, empurrões, alguma mordida, tapa ou “birra”…

Minutos depois, como um passe de mágica, voltava a ser o meu menininho doce e alegre de sempre.

Reconheço que as primeiras mudanças repentinas de humor, me deixaram bastante nervosa, ansiosa e sem saber muito bem como manejar essa nova etapa.

Eu tinha respostas desencontradas na minha cabeça, sabia exatamente o que não fazer: “não gritar, não perder a paciência, não bater (nem um tapinha nem um tapão)” sabia que não podia simplesmente não fazer nada, mas não sabia o que fazer.

Foi quando comecei a busca por entender um pouco mais sobre essa fase de pré adolescência precoce do filhote.

Logo de cara, uma “boa” notícia, as “birras” acontecem mais ou menos, a partir dos 18 meses até os 3 anos e meio. (E são mais frequentes nos meninos que nas meninas). LEGAL! (pensei). E foi uma ótima motivação para aprender mais sobre elas, já que provavelmente vamos ter que conviver durante uns 2 anos.

Li muita coisa interessante (e algumas tristes também), e tenho vários links e algumas páginas de Word com o que eu me identifiquei. Quero fazer um resuminho e ir postando por aqui, para dividir com vocês o aprendizado e para não esquecer.

Pouco a pouco, vou assimilando, entendendo e me dando conta que tudo é tão mais simples… E podia se resumir facilmente em 3 passos:

Uma boa dose de paciência.

Acreditar que vai passar e

Usar essa frase como lema: “Ama-me quando eu menos merecer, pois é quando eu mais preciso.”

Ps.: Alguém pode me dizer a definição de “birra” segundo o Aurélio?

Si us plau.

Obrigada!

204 Comments

  1. birra1
    [Do esp. birria.]
    S. f.
    1. Teima, teimosia, obstinação.
    2. Amuo, arrufo; zanga.
    3. Vício de cavalgaduras, que consiste em ferrarem os dentes nalguma coisa.

    birra2
    [Do it. birra.]
    S. f.
    1. V. cerveja.

    birra3
    S. f. Bras. Amaz.

    Flavia,

    paciência e muito amor…

  2. Achei no Houaiss: birra
    IMPRIMIR
    birra
    Datação
    1502-c1536 GVic fº 34v

    Acepções
    ■ substantivo feminino
    1 ato ou disposição de insistir obstinadamente em um comportamento ou de não mudar de idéia ou opinião; teima, teimosia

    2 sentimento ou demonstração de aversão ou antipatia, esp. quando renitente e motivado por algum capricho, paixão ou suscetibilidade; implicância, má-vontade, prevenção

    3 estado ou disposição de quem tem mau humor, zanga, irritação, aborrecimento etc.

    4 desentendimento ou desavença

    As fases dos pequenos vão mudando e a gente tem que ir aprendendo mesmo. Não deixe de postar o que vc encontrou sobre essa fase pois meu pequeno está chegando lá.
    E paciência é sempre a chave, né? Muita paciência.
    Beijos e boa sorte com o pequeno!
    Re

  3. “Birra
    s.f. Comportamento da cavalgadura quando ferra os dentes em alguma coisa, especialmente na manjedoura. / Teimosia, zanga, capricho. // Ter birra (com alguém), ter-lhe aversão ou antipatia. / Pop. Maconha.”

    Ai… Arthur está assim com oito meses… tomei um susto enorme esse fim de semana, quando ele começou a se jogar pra trás, grita, chora, bate os pés, as mãos…é difícil até mesmo segurá-lo no colo…

  4. Fase chatinha essa. Estamos passando por ela tmb. É a fase em que a criança busca a sua autonomia e faz isso confrontando os pais. É o “verdadeiro” nascimento do EU.

    Beijossss e paciênciaaaa.

  5. Mas não são esses os terrible two?? Como assim se estendem até os três anos e meio?? Cadê o manual???
    Uma coisa é certa: a tal birra piora e muito em casa, com a gente, não é verdade? Por exemplo: trocar a roupa do Noah é uma das partes mais frustrantes do meu dia : ele se joga, sai correndo, cai cocô por tudo que é lado, faz xixi na mamãe, coloca o dedo no saco sujo (e depois na boca) grita, esperneia me chama de lagartixa. Agora. Se eu te disser que na escola ele parece um anjo sendo trocado, vc acredita? Só falta dar flores pras meninas. Joga beijo, sorri…
    Eu hein, me deu um mal humor quando vi aquilo…
    Ai, ai, paciência. Força aí, Fla!

  6. Ei Flávia,

    Eu ainda estou um pouco longe dessa fase com o Nic, mas me interesso bastante pelo tema.

    Ultimamente li dois livros bastante bons. Um, vc ja deve ter lido… é o Besame Mucho, que acho que pode ser resumido exatamente com a sua frase lema, pois de acordo com o autor Carlos González, a criança faz birra por que quer mais atenção, mais colo, mais mamae, mais papai.

    O outro livro é Raising an emotionally inteligent child, que vale a pena ler pra qdo a criança é maior (3-4 anos) e ajuda a nós, pais a aprender a lidar com o carrossel de emocoes pelo qual passa a criança, e ela, por ser muito nova, ainda nao sabe como expressar… A crianca sente frustracao, medo, inseguranca, tristeza, raiva… Mas vai expressar como? Talvez chorando muito, fazendo birra, batendo em alguem, batendo a cabeca na parede…

    Por isso é muito importante ter paciencia mesmo e prestar atencao no dia-a-dia dele… Talvez ele esteja frutrado com alguma coisa e de repente ficou triste e carrancudo e chatinho. Mostra compreensao e tenta ser o mais carinhosa e prestativa possivel.

    Estarei atenta aos seus proximos posts pra aprender mais! E que eu saiba aplicar tudo qdo chegar minha hora!

    Beijos,

    Lu

  7. Flávia,
    paciencia pra gente pq o Miguelzinho tbm já entrou nessa fase. Ganho cada mordida e cada tapa nos momentos de raiva dele. O bom eh que tenho tido muito mais paciencia que em outras epocas e demonstrado que apesar das dificuldades que ele tem enfrentado, birras e teimosias a mamae ama ele demais. Mas corrigindo e ensinando que ele eh amado e querido mas que essas atitudes nao sao bonitas.
    Beijos

  8. Opa! Vou acompanhar suas dicas, estou ansiosa para aprender um pouco mais sobre o comportamento dos pequenos porque Pitoco já dá sinais de “tempos de birra”. Beijocas nos dois

  9. Flavia, bem-vinda à turma.
    Essa fase é muto dura para nós porque ficamos nos cobrando para manter a paciência e nem sempre é fácil. Eles se jogam no chão, batem mãos e pernas, se recusam a fazer o que a gente pede e às vezes choram até dormir. Uma boa tática é tentar mudar o foco. Em geral, eles esquecem porque estão chorando em cerca de um minuto e meio. Esse é o tempo que temos para distrai-los, mostrando um bicho, um brinquedo diferente, fazendo careta… Outra dica boa é pensar bem antes de dizer não porque é pior ceder à chantagem. Aquilo que ele está fazendo não pode ou vc não quer que ele faça naquele momento. Se é naquele momento, reveja sua decisão antes de pronuncia-la, vai poupar alguns chiliques e não significa que você esteja sendo mole.

  10. ah, e já ia me esquecendo. Além de paciência, recomendo criatividade para ajudar a mudar o foco mais rapidamente.

  11. ótimo tema flá, muitas mamães ansiosas por suas sempre ótimas dicas!!! (eu mais que todas!!! rá!)
    caio também oscila com essa coisa de birra, mas ainda não tá nada over. o lance é que ele tem mordido coleguinhas na escolinha… e tem sido mordido também… afe, tá foda. vou falar disso no blog.
    beijoca, aguardamos os próximos posts!!!
    tha

  12. Lembra que eu tava chocada que os “terrible twos” começam lá pelo ano e meio? Alice ficou monstrinha naquela época em que estivemos aí (apesar de ter se comportado bem na frente do João, pra impressionar…), depois sossegou, e agora anda meio chatinha de novo, tudo é motivo pra se jogar no chão e ficar esperneando em silêncio por longos minutos. O negócio é mudar de assunto, tentar distrair ou dar uma ignorada. E desviar dos tapas, sempre! 😉
    beijoca!

  13. Oi Flavia
    o Enzo tb estrou nessa fase “rebelde”, rssss…
    Nosso grande problema é a troca de roupa pela manha para poder ir para a escola, as vezes chego a ficar nervosa! Afffffff
    Mas como já foi dito, o negócio é usar a criatividade, e eu ando tentando, nem sempre minhas taticas funcionam, massssssssss, nao há muito mais o que fazer mesmo! Entao tento nao encanar, nem encucar!
    Li nao me lembro onde, que um dos motivos dessas crises histéricas do babies pode ser relacionada com o fato deles nao conseguirem se expressar. Estao numa fase que nem tudo que falam conseguimos entender e isso os deixa nervosos!
    Sei que isso as vezes serve para Enzo, mas nao vale para todos os ataques dele…
    E de fato, nao vou poder mudar o motivo, apenas sei que tenho que ter paciência para lidar com a situaçao e esperar essa fase passar, para logo em seguida dar de cara com outra nova!
    Rssssssssss
    Paciência para todas nós!
    Beijocas

  14. Flavia,
    adorei o post! Mariana, do alto do seu 1 ano e 2 meses já entrou na vida de fazer birra.
    Vou decorar e repetir essas suas regrinhas sempre que necessário…
    E aguardo pelos próximos posts sobre o tema.

    bjsss

  15. Flavinha,
    A Lara já está nessa fase. Meninaaaa, tem horas que me dá vontade de rir…Porém, não demonstro nada. Minha filha, ela morde a língua, coloca todos os dedos na boca e morde, faz força nos braços, puxa os cabelos, é um horror. Depois fica uma seda! Me manda o nome dos livros. Bjos

  16. Flá, meu pequeno completou 17 meses. Quer dizer que estamos chegando na fase das birras? Oh! No!!!

    Eu vou ficar torcendo para ele pular essa fase, é claro!

    Mas, se minha torcida não resolver, tenho certeza que sua compilação será muito útil. (Medinho!!!)

    Beijos e paciência!

    Dani

  17. Birra = temos que aprender a conviver com ela.
    Depois passa.
    Beijos Bochechudos

  18. Nossa, 3 frases perfeitas!!

    Flávia, ser mãe é exercer a paciência e aprender todos os dias a amar mais, mesmo quando a gente acha que não tem mais como, dê tanto amor.

    Cada fase uma aprendizagem, pra eles e pra nós. Faz parte!

    Beijocas em vcs!!

  19. Val

    Oi Flávia. Pensei que só acontecia comigo isso. Meu pequeno já passou por Neuropediatra, fez EEG e hoje, em mais uma consulta, ela receitou CALMAN (remédio natural) por mais 6 meses e orientou procurar acompanhamento de psicóloga, com a indicação de Hiperatividade.
    Interessante, que o meu filho faz exatamente o que vc descreveu. Será que estou exagerando com as consultas? Vc poderia me passar por e-mail alguns dos links q vc achou? Obrigada, Valquíria.
    Meu e-mail: valpiher@hotmail.com

  20. Flavia, como vc pode ver, todas as crianças passam por isso. E é um saco mesmo. Tem horas que dá vontade de sei lá o que.
    Mas pelo que eu tenho percebido com a Luísa, existem algumas fases em que a birra fica mais aguda, insuportável, mas depois volta a um nível mais tranquilo, com alguns chororôs em horários críticos (próximo do jantar ou do almoço, por exemplo). Teve uma época que a Luísa ficou terrível, mas agora está bem melhor.
    Logo ele melhora (ou você se acostuma, não sei… rsrsrsrs).
    Seja firme e não ceda às birras, isso é importante. Daí uma hora ele vai perceber que não adianta espernear.
    Beijos

  21. Meninas, obrigada pelos comentários! Adorei saber a experiencia de vocês.

    A Luciana deu uma excelente dica de livro: o Besame mucho, eu lí e amei. Recomendo!
    e o outro livro, vou colocar na minha lista. (Obrigada, Lu).

    Vou aproveitar algumas dicas pra complementar o capítulo 3. Até mais então. bjs

  22. Eva

    Fiquei uns dias sem passar aqui e me deparo com essa série de posts sobre um tema tão atual para mim, rs.
    Vou ler devagarzinho depois comento.
    Bjs

  23. Flááá, desde que comentou no meu blog estou tentando entrar aqui e ler tudo que voce tem sobre birras, já gostei de cara do seu blog, e vou devora-lo, hehehe
    Bom é isso, estarei sempre por aqui.

    Essa frase que voce colocou no final é linda, me tocou bastante e muito verdadeira.

    Bjs

Leave a Reply to Roberta Lippi Cancel Reply